‘MÍTICA’ CASA COMEÇA A DESPEDIDA
COM O FUTURO NO HORIZONTE
No dia de despedida do campo Ruy Navega, a ‘mítica’ casa como retratam os adeptos e simpatizantes do Desportivo de Portugal, o futuro do futebol está no horizonte com os sub-9 num torneio com várias equipas do Distrito.
“Anda, Acredita Rafa pé no meio”, “Em cima, em Cima”, “Segura jogo”, “Martim abre na linha, vira, vira” ouve-se a belos pulmões no estádio, enquanto os pais dos miúdos gritam, gravam, fotografam como empresários ou agentes e puxam pelos seus pequenotes.
Afinal de contas, vai ser a última vez que estes sentirão um pedaço de história da antiga e tradicional Cidade do Porto.
Por todos os cantos cheira-se a história e a nostalgia, na futura casa do Terminal Intermodal de Campanhã, todos vibram como se estivesse a ser realizado uma final do campeonato.
Com o presidente do clube, Jorge Dias, a apresentar-se também como fotógrafo do evento, e também como pau para toda a colher, como diz o povo, a despedida é sentida, com lágrimas, mas também com alegria de ver o crescimento da futura geração de craques.
“São estes meninos que nos movem, são o nosso orgulho”, salienta o dirigente máximo de um clube com 94 anos de história.
No desporto, por vezes, os pais podem ser um mau exemplo para os seus filhos, pedindo-lhes muito mais do que é exigido, tirando-lhes a experiência frutífera e educacional, de se sentir incluído dentro dum grupo, de jogar com os melhores amigos e divertir-se.
Pode tirar essa ideia da sua mente.
Aqui o convívio e a boa disposição reinam, sempre com condutas exemplares. A pressão sobre os mais pequenos é boa e não pejorativa, sempre encorajando os seus filhos a serem melhores.
Aqui o desporto, serve-se para que a criança seja educada de forma lúcida. Enfim para estes pais, o filho é como se fosse um investimento, uma mina de ouro, que ninguém pode tocar, com cláusulas de rescisão acima dos 120 milhões de euros.
As crianças que desfrutam do campo jogam sempre com a sua e apenas a sua personalidade. Aqui encontram-se sempre com um sorriso na cara e com alegria, o futuro Rafa, o futuro Martim, o futuro João e não o futuro Cristiano Ronaldo, ou João Félix ou Hugo Carvalho.
Às vezes tem postura de adulto, com a mão no queixo e a perna cruzada. Da linha de fundo incentivam os colegas a serem melhores. Não se vê maldade nos olhos de cada um, o que eles querem é jogar à bola e cumprir aquilo que os seus treinadores pedem.
É de salutar a alegria que contagia o estádio, no convívio entre os pais. Aqui não se servem à mesa maus exemplos. Só se sente, cheira, vê e ouve-se os pitons das botas a cravar na relva e os gritos para dentro de campo por parte dos seus ‘misters’, sempre com o intuito de corrigir de forma construtiva os erros dos mais pequenos.
Em vésperas de São João, aplaude-se o fair-play que existe entre os mais pequenos, o saber cumprimentar o adversário quando este perde, aplaudindo o público no final, agradecendo o seu apoio. Enfim, a festa e o prazer em apenas só divertir-se a fazer o que mais se gosta e nada mais.
Hoje a Nova Memória com os jornalistas Diogo Bernardino e Simão Moura tem o exclusivo de estar presente no último dia do Campo Ruy Navega, com a festa a começar com um Torneio Juvenil dos sub-9 de manhã, de tarde dos sub-15 e às 18:00 com o jogo da consagração da subida da equipa sénior frente ao Inter de Milheirós, companheiro na subida para a Divisão de Honra.
Fonte da Foto: Nova Memória
Diogo Bernardino
MAIS UMA MEMÓRIA DO PORTO QUE SE PERDE. ASSIM A INVICTA VAI FICANDO MAIS POBRE. SINAIS DO TEMPO...?!
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