FC PORTO DEIXA ESCAPAR LIDERANÇA
FRENTE AO VITÓRIA DE GUIMARÃES POR 2 – 3
O FC Porto deixou escapar em casa
a liderança isolada do campeonato frente ao Vitória de Guimarães por 2-3, hoje
para a terceira jornada da I Liga Portuguesa de Futebol.
A favor do Porto estava o
historial de confrontos, com uma vantagem esmagadora para os “dragões” e o
facto do Guimarães, nunca ter ganho no Estádio do Dragão e só há 22 anos, no “velhinho”
Estádio das Antas na época 95/96, quando perdeu pelo mesmo resultado da partida
desta noite. Há sempre uma primeira vez para tudo e hoje o castelo de Guimarães
foi superior.
O FC Porto apostou na receita do
costume com Sérgio Conceição a apostar num 4x4x2 com: Casillas, Maxi, Felipe,
Diogo Leite, Alex Telles, Otávio, Sérgio Oliveira, Herrera, Brahimi (Corona 50
e Oliver 76), André Pereira e Aboubakar (Marega 62)
O Guimarães de Luís Castro
apostava em 4x3x3 com: Douglas, Sacko, João Afonso, Pedro Henrique, Florent,
Wakaso, Joseph (Tozé 38), Tyler Boyd (Ola John 57), André André, João Carlos
Teixeira (Davidson 78) e Welthon.
Os “dragões” jogaram sempre nas
extremidades daquilo que lhe era concebido, ora conseguia com rasgos de individualidade,
causar mossa à Muralha do Vitória de Guimarães, mas o jogar no limite e sofrer
até á última, teve as suas consequências e levou os adeptos no Dragão de boca
aberta espantados com esta reviravolta.
No final deste encontro à
condição, o Porto é terceiro do campeonato, com seis pontos, deixando escapar
os rivais Benfica e Sporting nesta jornada, que empataram na Luz e o Guimarães
conquista a primeira vitória e interrompe uma sequência de três derrotas
seguidas e está em 11º lugar.
Moussa Marega era a grande
novidade no banco, após 19 dias de ausência, reintegrado nos treinos nesta
semana com o brasileiro Éder Militão a também se estrear nos eleitos.
Ao minuto 7, perda de bola de
João Teixeira, com André Pereira a conduzir e a tocar para Sérgio Oliveira que
deu para Herrera com o mexicano a encher o pé e a bola a desviar num
adversário.
O Vitória estava bem organizado a
formar duas linhas de quatro, bem juntas e, com isso, a retirar espaço entre
linhas a Brahimi, André Pereira, Aboubakar e Otávio com o FC Porto a ter algumas
dificuldades em superar essa organização.
Os remates de fora como a de
Herrera e alguns lances de bola parada por Alex Telles ao minuto 16 e Felipe com
um bom cabeceamento para uma boa defesa de Douglas, após um pontapé de canto (21).
Foi a partir do lado direito que
o FC Porto começou a causar desequilíbrios no sistema de Luís Castro, quando ao
minuto 32, um bom envolvimento de Maxi Pereira com o uruguaio a ganhar a linha
do fundo, mas a definir mal.
Ao minuto 36, João Afonso, na
Hora H, com Herrera a descobrir Maxi e o uruguaio na cara de Douglas a tocar ao
lado e quando Aboubakar se preparava para encostar, João Afonso fez um corte
sensacional e impediu o golo.
Ao minuto 38, chegou o primeiro
golo para o Porto e que golo de Brahimi. (1-0)
O argelino pegou na bola, toca
para André Pereira que amortece para o remate fortíssimo, sem hipóteses de
defesa para Douglas.
Ao minuto 43, o segundo golo do
Porto por André Pereira (2-0)
Livre lateral para Alex Telles
com o cruzamento do brasileiro a ser feito com régua e esquadro para André
Pereira com o jovem formado a se elevar e a desviar de cabeça para o fundo da
baliza.
Um lance que segundo os meios de
comunicação, o avançado parecia estar adiantado, com o vídeo árbitro (VAR)
a não funcionar de acordo com a Altice num comunicado "entre o minuto 15 a 45".
André André para os “vitorianos”
e Sérgio Oliveira para os “portistas” com tiros bastante perigosos às balizas
de Casillas e Douglas, foram as notas de apontamento até ao final da primeira
parte.
Ao intervalo, o Porto vencia por
2-0.
O início da segunda parte, o FC
Porto começou a controlar as hostes do encontro e Marega a fazer as delícias
para uns e assobios para outros, no sempre difícil “Tribunal” do Dragão.
Mas eis, que se deu uma das reviravoltas
mais inesperadas deste campeonato.
Ao minuto 62, o Guimarães
conquista uma grande penalidade. Ola John descobre um espaço no flanco direito
e Sérgio Oliveira a entrar de forma escusada, para na marca dos onze metros,
André André a reduzir para (2-1).
O Vitória começou a melhorar de
rendimento, dando a querer alguma apatia dentro dos jogadores do Porto que
jogaram sempre ao risco, ao extremo, quase que não tendo confiança nos seus
ataques.
Ao minuto 76, golo do empate
(2-2). O ex-jogador do FC Porto, Tozé, a receber na área, sobre a direita, um
cruzamento de Florent, com o remate muito forte e colocado para a baliza de
Casillas.
Pelo segundo jogo seguido, o Porto
desperdiçava uma vantagem de dois golos.
Ao minuto 87, o “balde de água
fria” no Dragão aconteceu (2-3).
Lançamento lateral, em que
Welthon, de costas para a baliza deu para um pontapé fortíssimo de Davidson,
dentro da área, que não perdoou e deu os primeiros pontos aos “vitorianos”.
Até final, Oliver, Marega,
Herrera e Otávio com a bola ao poste a tentarem o mal menor, mas a reação dos “dragões”
foi tarde demais, que em termos de campeonato nacional, foi há 72 anos, que um
resultado do género ocorreu, foi em 41/42 com o Belenenses.
Na próxima jornada, o FC Porto
vai jogar em casa com o Moreirense e o Guimarães no seu reduto com o Tondela.
“Falharam algumas coisas
importantíssimas na equipa. Falharam coisas que fizeram com que o FC Porto fosse
campeão nacional. Faltou agressividade e intensidade. Mesmo na primeira parte,
quando estávamos a ganhar 2-0 não estava contente. Ao intervalo passei essa
mensagem aos jogadores. Na primeira parte a nossa circulação de bola foi lenta.
É verdade que o Vitória poucas situações de golo criaram junto à nossa baliza.
Podíamos e devíamos ter feito mais. Sinceramente, pelo que fizemos, a derrota é
justa”, referiu Sérgio Conceição, treinador do FC Porto
“Os jogos têm dedo decisivo do
treinador quando se ganha e quando se perder. É neste mundo que vamos continuar
a andar. Se tivesse feito essas substituições e o resultado se tivesse
avolumado para quatro ou cinco golos, seria eu o responsável. Como ganhámos
atribuem-me a responsabilidade. Recuso. Quando o Davidson está para entrar
fazemos o 2-2 pensei "fecho ou deixo ir?”. Disse ao Davidson "ias
entrar para procurarmos o 2-2, agora vamos arriscar algo mais”. São intuições e
não voltamos atrás. O futebol não é só racionalidade é também intuição. Hoje
deu certo, mas podia não ter dado. Se o FC Porto tivesse ganho, perguntavam-me
por que é que não tinha fechado a equipa. Deu certo hoje como já deu errado
outras vezes”, afirmou Luís Castro, timoneiro do Guimarães.
MVP da partida – Douglas – Foi a
grande muralha defensiva, com boas defesas a remates de Herrera, André Pereira,
Aboubakar, enfim foi o esteio que segurou o barco do Guimarães, que levou à surpresa
a acontecer no Dragão a travar todas as iniciativas do Porto sair com um empate
que os levava a estar no comando do campeonato, à condição.
Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)
Ação disciplinar: Cartão amarelo
para Wakaso (9), Cartão amarelo para Diogo Leite (24), Cartão amarelo para
Felipe (78), Cartão amarelo para Florent (83) e Cartão amarelo para Alex Telles
(87)
Assistência: 47 008 espetadores
Diogo Bernardino