DÉRBI ESCALDANTE ENTRE LEIXÕES E LEÇA EM FUTSAL TERMINA COM UM EMPATE
O Leixões e o Leça empataram a uma bola, no primeiro dérbi da história em futsal e escaldante, em jogo da quarta jornada da fase de apuramento de campeão, num pavilhão que fervilhou o cheiro de um encontro emocionante e cheio de grandes momentos.
O Leça apresentou-se com o cinco inicial: Gina, Guilherme Rosa, Manuel Guedes, Gonçalo Rodrigues, Bernardo Meira.
O Leixões com: Rui Gonçalves, GB, Juanito, Faísca, Paulinho.
Num jogo de loucos e emocionante do início até ao fim, teve de tudo, desde um penálti falhado, a amarelos, a confusão generalizada, a golos feitos ao detalhe e a emoções que quem só teve no pavilhão sentiu os decibéis a subir a níveis nunca antes vistos.
Num encontro em que todos estiveram exímios, todos se esforçaram para dar o corpo às balas e morrer em campo pelo símbolo que representam, as primeiras impressões foram dissipadas, de que a classificação não serve como pretexto nenhum na antevisão para um jogo que vale mais do que os pontos conquistados, mas sim a história envolvente.
O Leixões rematou mais vezes à baliza do que o Leça, como era previsto. Além do fator casa a favor dos 'bebés do mar', os adeptos leixonenses viram Gina a fazer defesas dignas de registo e de primeira divisão. O futuro só dirá ao que Gina pode chegar.
Gonçalo Rodrigues, o capitão do Leça foi sempre o mais visado pelos adeptos anfitriões, devido ao facto de viver o jogo de forma intensa. Deixando as habituais quezílias que iremos explicar, Gonçalo foi sem sombra de dúvidas, um 'craque' dos pés à cabeça.
Qualidade no transporte da bola, nas desmarcações e na criação de oportunidades de golo.
O Leixões com Faísca e Paulinho em grande destaque. A idade pode pesar a muitos jogadores, mas parece que ter 37 ou 35 anos de idade no cartão de cidadão não é impeditivo de jogadas com olho de falcão.
Enfim fazia-se desta crónica todos os aspetos positivos de um jogo e de todos os seus envolventes, em suma que é uma propaganda ao futsal, é, independemente do resultado.
Depois de um início equilibrado e marcado mais pelo estudo entre equipas do que outras coisas, o Leixões tentou perfurar nos últimos 15 metros do Leça que não fez antijogo, mas sim consistência defensiva, capaz de criar a partir da primeira fase de construção, jogadas que descompensavam a formação leixonense, que teve em Rui Gonçalves um guardião seguro.
Guilherme Rosa, Gonçalo Rodrigues, Paiva, Serdoura, Aguiar, Bernardo Meira, Juanito, Diogo Batista, Faísca, Paulinho, Petita, todos criavam oportunidades de perigo, que passavam muito perto da baliza dos dois intervientes que tiveram defesas de encher o olho.
Na segunda parte, após dez minutos de jogo, com algumas oportunidades de um lado e do outro, com grande qualidade de jogo - um dérbi é sempre um dérbi - colocavam as bancadas em êxtase.
O primeiro golo do jogo foi para o Leça. Pontapé de canto cobrado por Gonçalo Rodrigues que com um passe magistral encontrou Manel Guedes, que cara a cara com Rui foi frio e com precisão coloca no fundo das redes, para delírio dos leceiros presentes, com Gonçalo Rodrigues novamente a ser visado, mas como já dissemos, este já estava marcado pelos adeptos e também pela exibição de encher o olho.
Três minutos após o Leça ter inaugurado o marcador, o Leixões faz o golo do empate, por intermédio de Diogo Batista, depois de um livre estudado entre três intervientes, mais uma vez numa rara descompensão defensiva.
O primeiro momento de ânimos quentes no jogo começou quando Gonçalo Rodrigues a correr para tentar por a bola em jogo, depara-se com o treinador leixonense José Oliveira e cai ao chão. A partir daqui o caldo entornou, como era de esperar, em jogos desta natureza, que colocavam os corações a acelerar a mais de 120 km/h.
Gerou-se uma grande confusão entre os jogadores, com os leixonenses a não gostarem desta atitude, enquanto os companheiros de Gonçalo Rodrigues a apoiarem o seu capitão nesse momento.
De frisar, que não cabe a nós decidir se a atitude é correta ou não, mas sim apontar o que aconteceu, para que todos possam saber as emoções ao rubro que se viveu no Pavilhão Municipal de Senhora da Hora.
A partir desse momento, os ânimos na bancada exaltam-se.
A três minutos do fim, o lance capital da partida. De acordo com o árbitro, Gina faz falta sobre Diogo Batista e é marcada uma grande penalidade. Ao tentar converter o castigo máximo, David Dantas teve confiança, com um remate rasteiro mas deparou-se com mais uma defesa de Gina.
Até final, jogo de parada e resposta, mas sem grandes lances a anotar em uma partida de alto nível.
Com este resultado, o Leixões é terceiro classificado, com sete pontos e o Leça é quinto com três.
Na próxima jornada, o Leixões vai ao terreno do Miramar Império às 20:00 e o Leça recebe o último classificado o São Sebastião às 21:30.
MVP do jogo - Gina.
Momento do jogo - Golo de Diogo Batista.
Árbitros: Dirceu Soares e João Azevedo.
Fonte da Foto: Duarte Rodrigues
Diogo Bernardino
