LUÍS SILVA: "O PROFISSIONALISMO, A SERIEDADE E A PARTE HUMANA SÃO FUNDAMENTAIS"
O capitão do Leixões, Luís Silva, frisou que transmite aos seus companheiros que "o profissionalismo, a seriedade e a parte humana são fundamentais", assegurando que a sua liderança vem "com naturalidade", em declarações hoje ao Sindicato dos Jogadores.
"Os valores que transmito são simples: profissionalismo, compromisso, seriedade e sermos sempre leais dentro e fora do campo. Estamos todos ali em torno de um objetivo coletivo. É lógico que o individual vai sobressair, mas isso só acontece se o coletivo estiver bem presente na mente de toda a gente. O profissionalismo, a seriedade e a parte humana são fundamentais para podermos vingar neste mundo difícil que é o futebol", destacou.
O médio salienta que a sua liderança "vem com naturalidade", afirmando que tenta-se conter "várias vezes para não ser demasiado exigente" e aperfeiçoar essa vertente.
"Não é uma liderança forçada, vem com naturalidade. Tento conter-me várias vezes para não ser demasiado exigente com os meus colegas porque, como exijo muito de mim, tento exigir também muito dos outros, mas tenho aperfeiçoado isso ao longo dos anos, nomeadamente nestes últimos dois ou três anos, em que tenho sido mais vezes capitão de equipa. Tenho-me aperfeiçoado nesta vertente para poder ajudar os meus colegas a atingir os objetivos pessoais e coletivos", referiu.
Luís Silva sublinhou que tem em "Nuno Silva, Bruno China e Joel", três ex-capitães do Leixões, como exemplos na sua carreira, e diz que por ter sido capitão no último ano de junior ganhou " alguma bagagem para hoje ser aquilo que sou"
"Tive uma formação um bocado complicada, nem sempre fui opção por via de alguns fatores, só passei a ser a partir dos juvenis e, desde então, passei a ser capitão de equipa. No último ano de júnior, na transição para a equipa sénior, já fui capitão e acho que foi ali que ganhei alguma bagagem para hoje ser aquilo que sou", assegurou.
"E também pelas experiências que tenho vivido nos últimos anos, com subidas de divisão, também já desci de divisão, o que é mau, mas traz conhecimento, já estive em situações boas e más, e isso faz com que a gente cresça e ganhe experiência e maturidade para agora encarar as coisas de outra maneira", acrescentou.
O 'bebé do mar' frisa que ser capitão coloca-lhe por vezes numa "situação ingrata", mas explica que esta é também "natural".
"Se sentir que algum colega está a facilitar e não está a ir no caminho que temos traçado, se não está a ser profissional para nos ajudar a atingir o objetivo, vou tentar pô-lo uma ou duas vezes no comboio. À terceira já não aviso e terei de dar uma reprimenda forte. Tento exigir o máximo dos meus colegas e tento fazer-lhes ver, principalmente aos mais jovens, que isto é muito curto e que por vezes nos arrependemos de algumas situações", assumiu.
"Por exemplo: digo-lhes para treinar sempre no máximo, mesmo quando não são opção, porque depois quando formos temos de estar bem e, se não treinarmos bem, vamos chegar ao domingo e não vamos ter o rendimento que esperamos e que as pessoas esperam de nós", atirou.
Luís Silva é capitão do Leixões desde o ano passado, por "escolha da Direção", por "saber o que significa o Leixões e poder transmiti-lo aos outros".
Luís Silva vai esta temporada realizar a sua terceira época consecutiva desde que regressou ao Leixões proveniente do Cova da Piedade, a sua quinta nos séniores.
Fonte da Foto: Leixões SAD.
Diogo Bernardino
Sem comentários:
Enviar um comentário