"NÓS ENTRAMOS NESTE PROJETO PELO CLUBE QUE É, UM CLUBE MUITO GRANDE"
Como tem sido hábito a Nova Memória volta a fazer uma campanha pelo desporto de Matosinhos e desta vez foi falar com os intervenientes das equipas de futsal do Leixões e do Leça que acontece pela primeira vez este domingo às 18 horas e 45 minutos no Pavilhão da Senhora da Hora (pode acompanhar o relato da partida no facebook da rádio Nova Memória).
Um dérbi é sempre um dérbi seja em que modalidade for, é verdade, mas este jogo tem muito que se lhe diga.
As duas equipas estão no seu primeiro ano, e, como todos sabemos, o primeiro ano de qualquer modalidade é sempre um pouco complicado.
Por ser um dérbi e por todos os factores que já aqui referimos espera-se uma casa cheia e um jogo de emoções fortes.
Esta campanha vai dividir-se em 3 partes. Ou seja, como foram feitas 3 entrevistas ( 2 aos jogadores do Leixões, Faísca e Paulinho, e 1 ao jogador do Leça, Gonçalo Rodrigues) vão ser publicadas no site 3 noticias diferentes em que em cada uma será possível ler as diferentes entrevistas.
Começamos então pela entrevista a António Mota, mais conhecido por Faísca.
O número 13 da equipa de Matosinhos abordou vários temas ao longo da entrevista, entre os quais o rescaldo da época, o tempo que dedica ao projeto e fez ainda a antevisão do dérbi de domingo.
Faísca, poderias fazer um resumo da época?
Nós entramos neste projeto pelo clube que é, um clube muito grande.
Sinceramente desde que começou a época até agora temo-nos focado sempre em elevar o nome do Leixões.
As condições não são as melhores mas faremos tudo por este clube.
Eu e os meus colegas temos sido uns heróis pelas condições que temos e por sofrermos apenas duas derrotas desde início desta época.
Como é que vocês conseguem gerir a vossa rotina?
É muito complicado acredita. Principalmente para quem tem filhos. Não é o meu caso porque a minha filha já é grande.
Uma pessoa sai do trabalho, chega a casa, come qualquer coisa, vai para o treino, chega a casa à meia noite ou uma da manhã. Isto duas vezes por semana.
Nos nossos casos temos que arrastar as nossas famílias para o futsal para também estarem connosco.
Aqueles dias mais livres temos que ir passar com eles.
É muito complicado. É preciso gostar mesmo muito disto.
Como é que a vossa família tem visto o vosso desempenho neste projeto?
No meu caso eu sinto que estão orgulhosos e penso que as famílias dos outros também se sentem assim.
Agora é complicado a gente tirar muitas horas à família para estar nisto.
Também já estão habituados porque já são muitos anos nisto e enquanto puder continuar vai ser assim (risos).
Vocês transportam os sentimentos dos jogos para casa?
Eu quando perco fico com uma azia...
Posso-te dizer que esta noite dormi mesmo mal.
Mas é como te digo, elas já estão habituadas e tentam-nos levantar. Principalmente a minha família que é toda leixonense.
Tentam-nos animar.
Até ao momento não têm tido muitas queixas porque este ano está a ser bom (risos).
Tu tens um currículo extenso (Biquinha, Coehmato, Gondomar, Barranha, Junqueira, Arsenal Parada, Feirense, Freixieiro, Miramar, Sangemil, Académica de Leça, Estrela Vasco da Gama e Leixões)...
Eu vou-te ser sincero, sempre fui um bocadinho salta poçinhas. Agora nunca pensei ter a oportunidade de jogar no Leixões. Foi um sonho que se realizou e espero que o grupo dê uma alegria aos nossos adeptos. Este é o clube do meu coração não nego a ninguém. Por isso quero dar uma alegria aos adeptos, é para isso que andamos aqui todos os dias e fazemos de tudo nos jogos.
Domingo vai ser jogado o maior dérbi da cidade de Matosinhos, o primeiro em futsal.
Queres deixar uma palavra para os adeptos que vão estar no pavilhão?
Um dérbi é sempre um dérbi, principalmente por ser o primeiro em futsal.
Espero que corra bem e que ninguém se aleije.
Achas que, por vocês serem todos de Matosinhos, vos dá alguma vantagem em relação à equipa do Leça, visto que, ao serem todos da mesma cidade têm o conhecimento do que significa este dérbi?
Eu não acho que a gente não leva vantagem. Isso na teoria é capaz de nos dar um bocadinho de vantagem mas na prática não acho isso. A equipa do Leça é muito boa. É uma equipa de miúdos que lutam todos até ao fim, com muita garra. Antevejo um jogo muito equilibrado. Em pré-época fizemos um jogo contra eles e foi muito equilibrado.
Qual achas que vai ser o fator que pode desequilibrar a partida?
O fator casa. Sendo um dérbi tenho quase a certeza que os leixonenses vão aderir em massa. Para mim é um jogo de 50/50. Eu já os vi a jogar e eles têm muito boa equipa. Agora nós vamos fazer o nosso trabalho e tentar ganhar o jogo.
Esperas então um dérbi com muita gente nas bancadas mas com fair-play?
Exatamente. Um pavilhão à pinha mas respeito pelas duas instituições. Acho que é o mais importante.
Fonte da foto: Duarte Rodrigues
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