sábado, 20 de outubro de 2018

ANDREIA COUTO DESMENTIU TER "ACEDIDO A DOCUMENTOS SEM AUTORIZAÇÃO"


Andreia Couto, ex-dirigente da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), desmentiu hoje em declarações aos meios de comunicação social de que "tenha acedido a documentos sem autorização", suspeita de acesso indevido e divulgação de informações confidenciais.

"Desminto categoricamente que tenha acedido a documentos para os quais não estivesse autorizada e tão pouco passei contratos para o exterior. É incompreensível que se faça essas acusações. Assumi por duas vezes a presidência e se assumi essas funções só poderá ter sido porque os clubes confiavam em mim", desdobrou.

Em entrevista ao Jornal A Bola, Andreia Couto, que trabalhou 16 anos na LPFP, comentava o seu despedimento da instituição, negando todos os factos que lhe foram imputados, como o de ser suspeita de passar contratos para o exterior ou o acesso indevido e de divulgação de informação confidencial.

"É importante ressalvar isso, porque o título da notícia de A BOLA, na quinta-feira, menciona que sou despedida e induz a ideia a de que eu fui despedida porque passei informação para fora e eu nunca o fiz", mencionou.

A LPFP moveu à ex-diretora um processo de despedimento, alegando justa causa, com uma investigação policial em curso, do qual Andreia Couto referiu não "ter conhecimento".

"Nunca foi ouvida em nenhum processo da Polícia Judiciária. Ao contrário do que foi dito, o meu telemóvel e o meu computador não foram apreendidos, pois no dia em que fui suspensa preventivamente entreguei espontaneamente os equipamentos. E isto é mais uma razão demonstrativa de que eu não estava preocupada com o que estivesse no computador", revelou.

Andreia Couto repetiu que "não conhecia ninguém" do blogue oarquivosecretodaliga, do qual foram divulgados contratos entre a Liga e parceiros e outras informações comerciais, tendo sido alvo de um processo disciplinar e posteriormente suspendida em 17 de abril, em que a "acusavam" de ter desrespeitado o presidente da Liga, Pedro Proença. 

"Todos os meus acessos foram autorizados, até porque isso é definido informaticamente. Além disso, jamais usei esses documentos para lá do exercício das minhas funções. Nem isso poderia com o meu percurso, acontecer, cabendo-me aqui recordar a sensibilidade de tantos temas com os quais tive de lidar nos últimos 16 anos", afirmou.

Outra das alegações feitas a Andreia Couto refere-se à cópia de documentos para uma pen, tendo isso levantado dúvidas sobre a forma como e se devida dessas informações, explicando que quer "o relatório do perito,. quer a decisão do processo" refere não terem encontrado provas de acusações.

"No meu entendimento, o processo disciplinar é ilegal e ilícito e essa ilegalidade e ilicitude serão discutidas e esclarecidas noutra altura", defendeu.

"Eu sempre estive disponível para sair da Liga. Por diversas vezes o disse, mas sem abdicar dos meus direitos e dos meus créditos laborais. E há formas urbanas, civilizadas, de se resolverem as situações. Pagam uma indemnização e eu vou-me embora. Interpelei-os várias vezes nesse sentido, daí essa campanha difamatória e completamente indigna. Chegaram ao ponto de dizer que eu tinha falsificado a assinatura da declaração médica a respeito da amamentação", acusou.

Andreia Couto referiu que a "forma de ser, da personalidade" do Pedro Proença, atual presidente da Liga de clubes, que "não gosta de trabalhadores que não gostam da sua opinião".

"No dia 17 de abril foi suspensa preventivamente e no dia 26 desse enviei um e-mail pedindo para que fosse preservada a gravação da reunião, pois tanto as palavras do senhor presidente como as minhas foram ditas ao microfone e gravadas, pedindo que fossem preservadas para a verdade do material do processo disciplinar. Foi-me recusada pela Liga. A liga entregou uma declaração sem as palavras do presidente e sem as minhas e recusou que fosse feita uma peritagem à esse material. Além disso eu tinha indicado cinco testemunhas entre funcionários da liga e só ouviram dois", condenou.

Andreia Couto explica que a relação com Pedro Proença, não tem sido próximo, referindo que "há vontade de esvaziamento de funções", no sentido de ser diretora do departamento jurídico. O processo está nas mãos da Polícia Judiciária do Porto.



Fonte da Foto: ASF



Diogo Bernardino

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