CANDAL SENTE QUE EXISTE "UMA PERSEGUIÇÃO" DOS ÁRBITROS AO CLUBE

O Candal sente que existe "uma perseguição" dos árbitros ao clube, sendo que no próximo encontro com o Dragões Sandinenses da Associação de Futebol do Porto irão vestir de negro em forma de protesto, revelou hoje o Jornal de Notícias.

"Aceitamos que os árbitros cometam erros, mas não de forma propositada e sempre em prejuízo do Candal. Há qualquer força estranha, que desconheço, que os leva a tomar essas decisões. Isto é uma perseguição", disse o presidente Ismael Martins.

"O equipamento preto, feito para o protesto, custou 250 euros ao clube. Já fomos recebidos pela AF Porto e expressamos toda a indignação. Estamos esperançados que tomem medidas", acrescentou.

O conselho de Arbitragem (CA) da AF Porto foi contactado pelo jornal e este negou estas acusações, afirmando que o lema "é tratar todas as equipas por igual, sejam elas quais forem".

O dirigente diz que existem "erros premeditados" dos árbitros, falando em particular do jogo com o Custóias.

"Com o Custóias, escolheram a dedo os jogadores, que são o Manuel José, Beré, Nico e Rodrigo para expulsar. Isto são erros premeditados. Estamos revoltados e sentimo-nos impotentes, sublinhou.

O treinador Tozé Madureira, ressalva que "nunca vi nada assim" e que em Custóias, os adeptos a pedirem "para abandonar o campo".

"Nunca vi nada assim. São forças estranhas impossíveis de controlar e que tem gerado revolta. Em Custóias, foram os próprios adeptos a pedirem-nos para abandonar o campo. Se não nos prejudicarem, vão ter de levar connosco. Estamos motivados e vamos dar tudo", garantiu.

O jogador mais experiente do clube, Manuel José, de 37 anos, diz que se torna "muito complicado jogar assim" e o que viu "foi algo de inacreditável".

"Os jogos são equilibrados e temo-nos sentido constantemente prejudicados pelas arbitragens. Em Custóias, foi algo de inacreditável. Nunca vi nada assim. Aceitamos que errem, mas não desta forma e constantemente contra nós. Torna-se muito complicado jogar assim", ressalvou.

"Só queremos que conheçam a nossa revolta e que este seja um grito de alerta para que nenhuma equipa passe por aquilo que temos sofrido", diz o médio que vai falhar o jogo com os Dragões Sandinenses por estar a cumprir o segundo e último jogo de castigo.

Esta é uma decisão inédita nos 114 anos da existência do clube, que está em quinto lugar na Série 1 da Divisão de Honra. 

Fonte da Foto: CD Candal Facebook.

Diogo Bernardino