AVES EMPATA EM CASA COM O TONDELA POR 2-2
O Desportivo das Aves empatou em casa
com o Tondela por 2-2, um jogo como cartão-de-visita para o início desta ronda,
hoje para a segunda jornada do campeonato nacional de futebol.
Na classificação geral, o Tondela é
10.º classificado com um ponto, o mesmo que o Desportivo das Aves, 11.º. Faltou
astúcia para ambas as equipas conquistarem os três pontos.
Depois de terem entrado no campeonato
com derrotas, por 2-0 sobre o Vitória de Setúbal e 1-0 em casa defronte do
Belenenses, respetivamente, os clubes procuram os primeiros pontos nesta edição
da Liga.
A equipa do Aves, de José Mota, apresenta
duas alterações no onze com Defendi, Ponck e El Adoua a se estrear na equipa de
Santo Tirso, depois de ter representado o Vitória de Guimarães entre 2011 a
2013, em 4x3x3 com: Beunardeau, Rodrigo (Mama Baldé 22), Defendi, Ponck, Nelson
Lenho, El-Adoua, Vítor Gomes, Amilton, Braga (Rúben Oliveira 67), Nildo (Michel
Douglas 83) e Derley.
O Tondela, com Pepa ao leme, fez duas
substituições em relação ao encontro da primeira jornada, com Sérgio Peña e
Moufi a titulares, em 4x4x2 com: Cláudio Ramos, Moufi (António Xavier 66), Hélder
Tavares, Jorge Fernandes, Joãozinho, Delgado (Jhon Murilo 58), Peña, Bruno
Monteiro (Central adaptado), Miguel Cardoso, Tomané e Arango (Sabaag 70).
Para este encontro os dois técnicos
tiveram dores de cabeça. Pepa só contava com um central e José Mota com dois
jogadores castigados, Cláudio Falcão e Jorge Fellipe.
O jogo começou a todo o gás para a
formação “beirã” ao entrar muito bem no jogo com o primeiro golo aos três
minutos (0-1).
O chileno Juan Delgado, foi o obreiro
desse golo, com um ataque rápido, Tomané a servir na esquerda Delgado que
fuzilou com um remate de pé esquerdo no coração da área.
O Tondela a se superiorizar ao Aves
nos primeiros cinco minutos deste jogo, a preencher muito bem o meio-campo,
ganhando as batalhas, com boas variações de flanco, para uma boa circulação da
bola e com movimentos ofensivos, em que o conjunto de Pepa atacava de forma
equilibrada.
Ao minuto nove, o primeiro lance perigoso
para o Desportivo de Aves. Carlos Ponck faz o primeiro cabeceamento, com Vítor
Gomes a desviar na cara de Cláudio Ramos, que defendeu em cima da linha e com
muita insistência os homens do Desportivo das Aves pediam golo, mas o árbitro Artur
Soares Dias e o Vídeo-Árbitro (VAR) a negarem as queixas dos homens do Aves.
Não demorou muito o Desportivo das
Aves para restabelecer a igualdade na partida. (1-1).
Ao minuto 13, livre cobrado de forma
tensa por Nildo Petrolina do lado esquerdo com Derley a aparecer ao primeiro
poste a fazer o desvio e a empatar.
Ao minuto 16, contrariedade para os
das “Vila das Aves” com o defesa central Rodrigo Soares a se lesionar sozinho
no joelho esquerdo, em dificuldades e a ser substituído ao minuto 22 por Mama
Baldé.
Do minuto 17 ao 32, não houve nenhuma
iniciativa com muito perigo para ambas as balizas à guarda de Beunardeau e de Cláudio
Ramos. Apenas alguns “espirros” digamos.
Ao minuto 33, outro lance capital para
o Aves. Nildo Petrolina e Jorge Fernandes a se embrulharem dentro da área, com
Artur Soares Dias e o VAR a mandar seguir.
O Tondela começava a travar os lances
de contra-ataques da formação de José Mota, com muitas faltas a meio-campo,
para arrastar o ritmo e a progressão ofensiva dos de Santo Tirso.
Até ao final da partida, só dava Aves,
Aves e mais Aves, em que no mesmo minuto (42), cruzamentos de Nildo Petrolina e
desvios de Rodrigo Defendi com o guarda-redes do Tondela a vestir a capa de “Super-Homem”.
Ao intervalo, o empate era o tom do
resultado (1-1).
Nos primeiros 12 minutos da segunda
parte, houve um jogo de pingue-pongue entre os conjuntos, com bola lá, bola cá,
com apenas dois rasgos, um para cada lado.
Ao minuto 49, com uma grande
intervenção desse guarda-redes que esteve para ser chamado à seleção nacional
às ordens de Fernando Santos, com livre tenso de Nildo, bem cobrado e ao minuto
53 para o Tondela com Arango a rematar do meio da rua, para a atenção de
Beunardeau.
O Aves conseguiu se colocar em frente
no marcador, ao minuto 60, ao consumar a cambalhota no marcador (2-1).
Jogada de processos simples, com uma
saída para o contra ataque rápido, com um passe açucarado em profundidade de
calcanhar, veja lá, de Derley, bem desenhada, para Nildo Petrolina na cara de Cláudio
Ramos a não perdoar e a inverter o rumo da partida.
Ao minuto 66, poderia ser o terceiro
golo do Aves. Braga a usar a sua característica de remates de excelência de
meia-distância, para mandar um tiro com a bola a beijar o poste da baliza do
guardião do Tondela.
As substituições efetuadas por parte
dos treinadores após o segundo golo do Aves, foram para trazer uma nova
frescura, mais segurança, melhores respostas, com o jogo a começar a entrar em
processos de distribuição e controlo do Aves.
O Tondela começou a tentar pressionar
o Aves com um jogo mais agressivo, hoje menos habitual do que é normal, muito
por culpa do mérito que a equipa de Santo Tirso demonstrou ao longo do
encontro.
Foi essa ideologia de pressionar alto
o portador de bola, que o Tondela marcou o seu segundo golo, e voltou a colocar
o resultado num empate (2-2).
Ao minuto 74, com uma jogada bem
conduzida, com Murillo pela direita a colocar para Xavier, que falhou uma
primeira abordagem, com a bola a ter um efeito caprichoso, a sobrar para Pablo
Sabaag a rematar para golo, este que tinha entrado há três minutos.
O jogo nos últimos 15 minutos tinha um
grande aperitivo para os adeptos e simpatizantes que estavam no estádio, com
ambas as equipas a se exporem e a abrir o jogo, com inúmeros remates para os
guardiões, mas sem que os homens das balizas tivessem de efetuar muito trabalho.
Até final, não houve mais nenhum
remate de perigo, ou golo, no qual foi promovido um bom jogo de futebol, com o
primeiro empate deste campeonato, com o Aves e o Tondela a terem o seu primeiro
ponto nesta edição (2-2).
“Não era isto que pretendíamos,
entramos o jogo a perder, em termos anímicos é sempre muito preocupante, tivemos
uma reação positiva, fomos até ao intervalo como a melhor equipa, foi um jogo
intenso, de entrega para ambas as equipas, sabemos que vai ser um campeonato
muito competitivo e espero que estejamos mais concentrados no próximo jogo”,
afirmou José Mota, treinador do Aves.
“Temos capacidade para fazer mais, não
podemos ser reativos, temos de ser proactivos, ficamos a dormir na sombra e já
no último jogo precisamos de um golo sofrido para ficarmos em cima do jogo.
Tivemos passividade nas segundas bolas”, referiu Pepa, timoneiro do Tondela.
MVP da partida – Nildo Petrolina – Foi
um jogador interviente na partida, com bons índices estatísticos e além do
golo, foi um dos esteios da formação dos “avenses”.
Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)
Ação disciplinar: Cartão amarelo para
Amilton (30), Cartão amarelo para Nildo Petrolina (38) e Cartão amarelo para
Hélder Tavares (39), Cartão amarelo para Fahd Moufi (47), Cartão amarelo para
Derley (64), cartão amarelo para Joãozinho (78)
Assistência: 1.872 espetadores
Diogo
Bernardino
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