sexta-feira, 17 de agosto de 2018


AVES EMPATA EM CASA COM O TONDELA POR 2-2



O Desportivo das Aves empatou em casa com o Tondela por 2-2, um jogo como cartão-de-visita para o início desta ronda, hoje para a segunda jornada do campeonato nacional de futebol.

Na classificação geral, o Tondela é 10.º classificado com um ponto, o mesmo que o Desportivo das Aves, 11.º. Faltou astúcia para ambas as equipas conquistarem os três pontos.

Depois de terem entrado no campeonato com derrotas, por 2-0 sobre o Vitória de Setúbal e 1-0 em casa defronte do Belenenses, respetivamente, os clubes procuram os primeiros pontos nesta edição da Liga.

A equipa do Aves, de José Mota, apresenta duas alterações no onze com Defendi, Ponck e El Adoua a se estrear na equipa de Santo Tirso, depois de ter representado o Vitória de Guimarães entre 2011 a 2013, em 4x3x3 com: Beunardeau, Rodrigo (Mama Baldé 22), Defendi, Ponck, Nelson Lenho, El-Adoua, Vítor Gomes, Amilton, Braga (Rúben Oliveira 67), Nildo (Michel Douglas 83) e Derley.

O Tondela, com Pepa ao leme, fez duas substituições em relação ao encontro da primeira jornada, com Sérgio Peña e Moufi a titulares, em 4x4x2 com: Cláudio Ramos, Moufi (António Xavier 66), Hélder Tavares, Jorge Fernandes, Joãozinho, Delgado (Jhon Murilo 58), Peña, Bruno Monteiro (Central adaptado), Miguel Cardoso, Tomané e Arango (Sabaag 70).

Para este encontro os dois técnicos tiveram dores de cabeça. Pepa só contava com um central e José Mota com dois jogadores castigados, Cláudio Falcão e Jorge Fellipe.

O jogo começou a todo o gás para a formação “beirã” ao entrar muito bem no jogo com o primeiro golo aos três minutos (0-1).

O chileno Juan Delgado, foi o obreiro desse golo, com um ataque rápido, Tomané a servir na esquerda Delgado que fuzilou com um remate de pé esquerdo no coração da área.

O Tondela a se superiorizar ao Aves nos primeiros cinco minutos deste jogo, a preencher muito bem o meio-campo, ganhando as batalhas, com boas variações de flanco, para uma boa circulação da bola e com movimentos ofensivos, em que o conjunto de Pepa atacava de forma equilibrada.

Ao minuto nove, o primeiro lance perigoso para o Desportivo de Aves. Carlos Ponck faz o primeiro cabeceamento, com Vítor Gomes a desviar na cara de Cláudio Ramos, que defendeu em cima da linha e com muita insistência os homens do Desportivo das Aves pediam golo, mas o árbitro Artur Soares Dias e o Vídeo-Árbitro (VAR) a negarem as queixas dos homens do Aves.

Não demorou muito o Desportivo das Aves para restabelecer a igualdade na partida. (1-1).

Ao minuto 13, livre cobrado de forma tensa por Nildo Petrolina do lado esquerdo com Derley a aparecer ao primeiro poste a fazer o desvio e a empatar.

Ao minuto 16, contrariedade para os das “Vila das Aves” com o defesa central Rodrigo Soares a se lesionar sozinho no joelho esquerdo, em dificuldades e a ser substituído ao minuto 22 por Mama Baldé.

Do minuto 17 ao 32, não houve nenhuma iniciativa com muito perigo para ambas as balizas à guarda de Beunardeau e de Cláudio Ramos. Apenas alguns “espirros” digamos.

Ao minuto 33, outro lance capital para o Aves. Nildo Petrolina e Jorge Fernandes a se embrulharem dentro da área, com Artur Soares Dias e o VAR a mandar seguir.

O Tondela começava a travar os lances de contra-ataques da formação de José Mota, com muitas faltas a meio-campo, para arrastar o ritmo e a progressão ofensiva dos de Santo Tirso.

Até ao final da partida, só dava Aves, Aves e mais Aves, em que no mesmo minuto (42), cruzamentos de Nildo Petrolina e desvios de Rodrigo Defendi com o guarda-redes do Tondela a vestir a capa de “Super-Homem”.

Ao intervalo, o empate era o tom do resultado (1-1).

Nos primeiros 12 minutos da segunda parte, houve um jogo de pingue-pongue entre os conjuntos, com bola lá, bola cá, com apenas dois rasgos, um para cada lado.

Ao minuto 49, com uma grande intervenção desse guarda-redes que esteve para ser chamado à seleção nacional às ordens de Fernando Santos, com livre tenso de Nildo, bem cobrado e ao minuto 53 para o Tondela com Arango a rematar do meio da rua, para a atenção de Beunardeau.

O Aves conseguiu se colocar em frente no marcador, ao minuto 60, ao consumar a cambalhota no marcador (2-1).

Jogada de processos simples, com uma saída para o contra ataque rápido, com um passe açucarado em profundidade de calcanhar, veja lá, de Derley, bem desenhada, para Nildo Petrolina na cara de Cláudio Ramos a não perdoar e a inverter o rumo da partida.

Ao minuto 66, poderia ser o terceiro golo do Aves. Braga a usar a sua característica de remates de excelência de meia-distância, para mandar um tiro com a bola a beijar o poste da baliza do guardião do Tondela.

As substituições efetuadas por parte dos treinadores após o segundo golo do Aves, foram para trazer uma nova frescura, mais segurança, melhores respostas, com o jogo a começar a entrar em processos de distribuição e controlo do Aves.

O Tondela começou a tentar pressionar o Aves com um jogo mais agressivo, hoje menos habitual do que é normal, muito por culpa do mérito que a equipa de Santo Tirso demonstrou ao longo do encontro.

Foi essa ideologia de pressionar alto o portador de bola, que o Tondela marcou o seu segundo golo, e voltou a colocar o resultado num empate (2-2).

Ao minuto 74, com uma jogada bem conduzida, com Murillo pela direita a colocar para Xavier, que falhou uma primeira abordagem, com a bola a ter um efeito caprichoso, a sobrar para Pablo Sabaag a rematar para golo, este que tinha entrado há três minutos.

O jogo nos últimos 15 minutos tinha um grande aperitivo para os adeptos e simpatizantes que estavam no estádio, com ambas as equipas a se exporem e a abrir o jogo, com inúmeros remates para os guardiões, mas sem que os homens das balizas tivessem de efetuar muito trabalho.

Até final, não houve mais nenhum remate de perigo, ou golo, no qual foi promovido um bom jogo de futebol, com o primeiro empate deste campeonato, com o Aves e o Tondela a terem o seu primeiro ponto nesta edição (2-2).

“Não era isto que pretendíamos, entramos o jogo a perder, em termos anímicos é sempre muito preocupante, tivemos uma reação positiva, fomos até ao intervalo como a melhor equipa, foi um jogo intenso, de entrega para ambas as equipas, sabemos que vai ser um campeonato muito competitivo e espero que estejamos mais concentrados no próximo jogo”, afirmou José Mota, treinador do Aves.

“Temos capacidade para fazer mais, não podemos ser reativos, temos de ser proactivos, ficamos a dormir na sombra e já no último jogo precisamos de um golo sofrido para ficarmos em cima do jogo. Tivemos passividade nas segundas bolas”, referiu Pepa, timoneiro do Tondela.

MVP da partida – Nildo Petrolina – Foi um jogador interviente na partida, com bons índices estatísticos e além do golo, foi um dos esteios da formação dos “avenses”.



Árbitro: Artur Soares Dias (AF Porto)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Amilton (30), Cartão amarelo para Nildo Petrolina (38) e Cartão amarelo para Hélder Tavares (39), Cartão amarelo para Fahd Moufi (47), Cartão amarelo para Derley (64), cartão amarelo para Joãozinho (78)

Assistência: 1.872 espetadores



Diogo Bernardino

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