sábado, 11 de agosto de 2018


FC PORTO COMEÇA PRIMEIRA LIGA A GOLEAR FRENTE AO CHAVES POR 5-0


O FC Porto começa a primeira Liga a golear frente ao Chaves por 5-0, com destaque para os golos de Brahimi, de Corona, de Marius e de Aboubakar (2) hoje no Estádio do Dragão, na jornada inaugural do campeonato nacional de futebol.

A formação do FC Porto às ordens de Sérgio Conceição, apresentou o mesmo onze que esteve na Supertaça (4x4x2) com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Sérgio Oliveira, Héctor Herrera, Yacine Brahimi, Otávio (Adrián López 74), André Pereira (Jesus Corona 67) e Vincent Aboubakar (Marius 81).

A equipa “flaviense” comandada por Daniel Ramos, o novo técnico desta formação, com o típico 4x3x3, mas com nuances completamente diferentes das de Luís Castro e com três alterações em relação à equipa que iniciou frente ao Arouca para a segunda eliminatória da Taça da Liga: Ricardo Nunes, Brigues, Nikola Maras, Marcão, Luís Martins, Bruno Gallo (João Teixeira 75), Filipe Melo, Eustáquio, Avto, Ghazaryan (Niltinho 66) e William (Plantiny 79).

À partida para este encontro, o FC Porto tinha a vantagem nos confrontos diretos defronte do Chaves em casa, com 16 vitórias em 16 jogos possíveis e era o claro favorito, mas como todos nós sabemos, no futebol não existem favoritos à conquista da vitória.

Os primeiros minutos foram de total domínio do FC Porto, mas faltava aos pontas de lança critério na zona de finalização. Prova disso, foi ao minuto 5, quando Brahimi fez o seu típico movimento, com a bola colada à extremidade do pé esquerdo, a descobrir Vincent Aboubakar e a tentar a receção de coxa, mas deixou a bola fugir.

No início deste jogo, encontrava-se Herrera mais solto para fazer o papel de obreiro do meio-campo e a dar a Sérgio Oliveira o papel de arrastar a linha média do Chaves e a começar as investidas para o ataque com qualidade e rigor.

Brahimi e Aboubakar foram uma parceria que estava a estragar os planos da formação “flaviense”. Ao minuto 8, Aboubakar perdeu a primeira verdadeira grande oportunidade de perigo, aquando de um canto curto de Felipe, a levantar a cabeça e a cruzar para o camaronês cabecear por cima.

Estava a se prever que os “dragões” iam procurar chegar ao primeiro golo de forma rápida, para conseguir gerir o esforço e chegar aos outros tentos com maior facilidade, com bons ataques organizados e com Brahimi a ser o jogador mais criativo dos campeões nacionais.

Após o remate de Aboubakar ao minuto 8, seis minutos depois, o FC Porto a chegar à zona de vantagem. Foi a partir de um erro grave de Ghazaryan, o arménio que demorou a completar o alívio e a ser desarmado por Otávio, com o médio brasileiro a cruzar e com um “toque de midas”, André Pereira a encontrar o camaronês que tira um homem da frente para fazer o 1-0.

Seis minutos depois chega o segundo golo do Porto (2-0), com Sérgio Oliveira a ser uma “clareira” nesse lance. Passe a rasgar para Otávio entrar na área e a servir Aboubakar que já não marcava desde Fevereiro, ou seja, há sete meses, para à boca da baliza, limitar-se a encostar.

Estava a ser exposto a nu as fragilidades do Chaves, não haviam apoios por parte dos duplos pivôs para ajudar na defesa de Trás-os-Montes. A falta de jogadores como Mbemba, Danilo Pereira, Soares ou Marega, desvanecia com o domínio avassalador do FC Porto.

Brahimi estava à espreita para marcar o terceiro golo e em duas iniciativas consecutivas, quase colocou à bola no fundo das redes de Ricardo. 36 minutos no Dragão e o Chaves não tinha feito qualquer remate à baliza de Iker Casillas. As transições do Porto eram deliciosas, com passes muito bem efetuados, sempre a procurar ao primeiro poste.

O argelino Yacine Brahimi tinha feito respostas de qualidade exímia e foi este que marcou o terceiro golo (3-0) dos “dragões” ao minuto 44. O argelino entrou na pequena área em sucessivos dribles e rematou em jeito ao primeiro poste ao qual Ricardo não tinha qualquer hipótese.

O FC Porto tinha feito por merecer a vantagem de 3-0 que tinha ao intervalo frente ao Chaves.

No início da segunda parte, o FC Porto continuou a atacar com insistência e a pressionar o Chaves que tinha de se redimir dos erros que cometeu nos primeiros 45 minutos. O FC Porto ia trocando a bola no meio-campo ofensivo, para procurar espaços para ampliar a vantagem, de forma paciente.
  
Durante o minuto 50 até ao 66, o Desportivo de Chaves tinha uma maior e melhor capacidade para circular a bola com consistência face a uma primeira parte em que a equipa “flaviense” não conseguia criar situações claras de golo.

O FC Porto entre o minuto 68 a 70 criou três oportunidades consecutivas e com tanta insistência, o mexicano Jesús Corona chegou ao minuto 71 ao quatro golo (4-0).

Corona a recuperar um mau passe na zona intermédia do Chaves, a tirar partido da sua velocidade e a rematar cheio de intenção, no corredor central, antes de chegar à grande área.

Ao minuto 81, João Teixeira, o médio do Chaves que entrou para o lugar de Bruno Gallo, recebeu um cartão vermelho pelo árbitro Nuno Almeida que foi ainda consultar ao vídeo-árbitro (VAR), antes de decidir se a falta era bastante dura sobre Sérgio Oliveira. Só esteve cinco minutos em campo.

Ainda houve tempo para uma estreia de sonho para Marius. Foi ao minuto 88, com Maxi Pereira  a subir pelo corredor direito, a cruzar para um pontapé acrobático de Sérgio Oliveira, que sobra para um dos novos reforços do Porto que em zona frontal, na área dos 11 metros, empurrou para o 5-0.

O FC Porto do primeiro até ao último minuto foi superior ao Chaves, que nunca rematou à baliza de Iker Casillas, com o resultado final de 5-0.

“Foi a entrada que queríamos à imagem daquilo que somos, deixar pouco espaço para o adversário construir jogo. Enaltecer o trabalho de todo o grupo, muito envolvido nas tarefas individuais e coletivas, temos de esperar mais dificuldades e temos de fazer melhor do que na época passada”, expressou o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição.

“É evidente que não estamos contentes e ficamos com a sensação que o FC Porto entrou muito forte e não permitiu a tranquilidade da nossa parte, porque cometemos muitas asneiras que nos deitaram ao tapete. O 3-0 foi o momento chave que nos deu a noção que era muito complicado dar a volta, melhoramos na segunda parte em alguns aspetos, mas foi insuficiente”, declarou o técnico do Chaves, Daniel Ramos.

MVP da partida – Sérgio Oliveira – Foi o maestro do meio-campo dos “dragões” com as iniciativas de construção ofensiva a ser iniciadas a partir dele. Rigor, qualidade e exigência são algumas das virtudes que o médio teve durante este encontro.


Árbitro: Nuno Almeida (AF Algarve)

Ação disciplinar: Cartão amarelo a Stephen Eustáquio (50), cartão amarelo a Luís Martins (57), cartão vermelho a João Teixeira (81)

Assistência: 46 589 espetadores



Diogo Bernardino

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