FC PORTO COMEÇA PRIMEIRA LIGA A GOLEAR FRENTE AO CHAVES POR 5-0
O FC Porto começa a primeira Liga a
golear frente ao Chaves por 5-0, com destaque para os golos de Brahimi, de
Corona, de Marius e de Aboubakar (2) hoje no Estádio do Dragão, na jornada inaugural
do campeonato nacional de futebol.
A formação do FC Porto às ordens
de Sérgio Conceição, apresentou o mesmo onze que esteve na Supertaça (4x4x2)
com: Iker Casillas, Maxi Pereira, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Sérgio Oliveira,
Héctor Herrera, Yacine Brahimi, Otávio (Adrián López 74), André Pereira (Jesus
Corona 67) e Vincent Aboubakar (Marius 81).
A equipa “flaviense” comandada
por Daniel Ramos, o novo técnico desta formação, com o típico 4x3x3, mas com
nuances completamente diferentes das de Luís Castro e com três alterações em
relação à equipa que iniciou frente ao Arouca para a segunda eliminatória da
Taça da Liga: Ricardo Nunes, Brigues, Nikola Maras, Marcão, Luís Martins, Bruno
Gallo (João Teixeira 75), Filipe Melo, Eustáquio, Avto, Ghazaryan (Niltinho 66)
e William (Plantiny 79).
À partida para este encontro, o
FC Porto tinha a vantagem nos confrontos diretos defronte do Chaves em casa,
com 16 vitórias em 16 jogos possíveis e era o claro favorito, mas como todos
nós sabemos, no futebol não existem favoritos à conquista da vitória.
Os primeiros minutos foram de
total domínio do FC Porto, mas faltava aos pontas de lança critério na zona de
finalização. Prova disso, foi ao minuto 5, quando Brahimi fez o seu típico movimento,
com a bola colada à extremidade do pé esquerdo, a descobrir Vincent Aboubakar e
a tentar a receção de coxa, mas deixou a bola fugir.
No início deste jogo,
encontrava-se Herrera mais solto para fazer o papel de obreiro do meio-campo e
a dar a Sérgio Oliveira o papel de arrastar a linha média do Chaves e a começar
as investidas para o ataque com qualidade e rigor.
Brahimi e Aboubakar foram uma
parceria que estava a estragar os planos da formação “flaviense”. Ao minuto 8,
Aboubakar perdeu a primeira verdadeira grande oportunidade de perigo, aquando
de um canto curto de Felipe, a levantar a cabeça e a cruzar para o camaronês cabecear
por cima.
Estava a se prever que os “dragões”
iam procurar chegar ao primeiro golo de forma rápida, para conseguir gerir o esforço
e chegar aos outros tentos com maior facilidade, com bons ataques organizados e
com Brahimi a ser o jogador mais criativo dos campeões nacionais.
Após o remate de Aboubakar ao
minuto 8, seis minutos depois, o FC Porto a chegar à zona de vantagem. Foi a
partir de um erro grave de Ghazaryan, o arménio que demorou a completar o
alívio e a ser desarmado por Otávio, com o médio brasileiro a cruzar e com um “toque
de midas”, André Pereira a encontrar o camaronês que tira um homem da frente
para fazer o 1-0.
Seis minutos depois chega o segundo
golo do Porto (2-0), com Sérgio Oliveira a ser uma “clareira” nesse lance. Passe
a rasgar para Otávio entrar na área e a servir Aboubakar que já não marcava
desde Fevereiro, ou seja, há sete meses, para à boca da baliza, limitar-se a
encostar.
Estava a ser exposto a nu as fragilidades
do Chaves, não haviam apoios por parte dos duplos pivôs para ajudar na defesa
de Trás-os-Montes. A falta de jogadores como Mbemba, Danilo Pereira, Soares ou
Marega, desvanecia com o domínio avassalador do FC Porto.
Brahimi estava à espreita para
marcar o terceiro golo e em duas iniciativas consecutivas, quase colocou à bola
no fundo das redes de Ricardo. 36 minutos no Dragão e o Chaves não tinha feito qualquer
remate à baliza de Iker Casillas. As transições do Porto eram deliciosas, com
passes muito bem efetuados, sempre a procurar ao primeiro poste.
O argelino Yacine Brahimi tinha
feito respostas de qualidade exímia e foi este que marcou o terceiro golo (3-0)
dos “dragões” ao minuto 44. O argelino entrou na pequena área em sucessivos
dribles e rematou em jeito ao primeiro poste ao qual Ricardo não tinha qualquer
hipótese.
O FC Porto tinha feito por
merecer a vantagem de 3-0 que tinha ao intervalo frente ao Chaves.
No início da segunda parte, o FC
Porto continuou a atacar com insistência e a pressionar o Chaves que tinha de
se redimir dos erros que cometeu nos primeiros 45 minutos. O FC Porto ia
trocando a bola no meio-campo ofensivo, para procurar espaços para ampliar a
vantagem, de forma paciente.
Durante o minuto 50 até ao 66, o
Desportivo de Chaves tinha uma maior e melhor capacidade para circular a bola
com consistência face a uma primeira parte em que a equipa “flaviense” não
conseguia criar situações claras de golo.
O FC Porto entre o minuto 68 a 70
criou três oportunidades consecutivas e com tanta insistência, o mexicano Jesús
Corona chegou ao minuto 71 ao quatro golo (4-0).
Corona a recuperar um mau passe
na zona intermédia do Chaves, a tirar partido da sua velocidade e a rematar
cheio de intenção, no corredor central, antes de chegar à grande área.
Ao minuto 81, João Teixeira, o médio
do Chaves que entrou para o lugar de Bruno Gallo, recebeu um cartão vermelho
pelo árbitro Nuno Almeida que foi ainda consultar ao vídeo-árbitro (VAR), antes
de decidir se a falta era bastante dura sobre Sérgio Oliveira. Só esteve cinco
minutos em campo.
Ainda houve tempo para uma
estreia de sonho para Marius. Foi ao minuto 88, com Maxi Pereira a subir pelo corredor direito, a cruzar para
um pontapé acrobático de Sérgio Oliveira, que sobra para um dos novos reforços
do Porto que em zona frontal, na área dos 11 metros, empurrou para o 5-0.
O FC Porto do primeiro até ao
último minuto foi superior ao Chaves, que nunca rematou à baliza de Iker
Casillas, com o resultado final de 5-0.
“Foi a entrada que queríamos à
imagem daquilo que somos, deixar pouco espaço para o adversário construir jogo.
Enaltecer o trabalho de todo o grupo, muito envolvido nas tarefas individuais e
coletivas, temos de esperar mais dificuldades e temos de fazer melhor do que na
época passada”, expressou o treinador do FC Porto, Sérgio Conceição.
“É evidente que não estamos
contentes e ficamos com a sensação que o FC Porto entrou muito forte e não
permitiu a tranquilidade da nossa parte, porque cometemos muitas asneiras que
nos deitaram ao tapete. O 3-0 foi o momento chave que nos deu a noção que era
muito complicado dar a volta, melhoramos na segunda parte em alguns aspetos,
mas foi insuficiente”, declarou o técnico do Chaves, Daniel Ramos.
MVP da partida – Sérgio Oliveira –
Foi o maestro do meio-campo dos “dragões” com as iniciativas de construção
ofensiva a ser iniciadas a partir dele. Rigor, qualidade e exigência são algumas
das virtudes que o médio teve durante este encontro.
Árbitro: Nuno Almeida (AF
Algarve)
Ação disciplinar: Cartão amarelo
a Stephen Eustáquio (50), cartão amarelo a Luís Martins (57), cartão vermelho a
João Teixeira (81)
Assistência: 46 589 espetadores
Diogo Bernardino
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