VITÓRIA DE SETÚBAL VENCE DESPORTIVO DAS AVES POR 2-0
O Vitória de Setúbal venceu hoje o Desportivo
das Aves por 2-0 que terminou o encontro com nove jogadores, no Estádio do
Bonfim, para a primeira jornada do campeonato nacional de futebol.
A Equipa do Setúbal aos comandos
de Lito Vidigal que fez o seu reencontro com o clube da Vila das Aves, após ter
sido despedido na época passada, apresentou um 4x3x3 com cinco reforços: Cristiano,
Mano, Vasco Fernandes, Nuno Reis, Nuno Pinto, Costinha, Semedo (André Pedrosa
65), Rúben Micael, Zequinha, Mendy (Alex Freitas 70) e Cádiz (Allef 80).
O Desportivo das Aves com José
Mota ao leme, recria a tática 4x3x3, da Supertaça Cândido de Oliveira com:
Beunardeau, Rodrigo Soares, Jorge Fellipe, Diego Galo, Nélson Lenho, Braga
(Fariña 62), Vítor Gomes, Falcão, Amilton, Derley (Carlos Ponck 70) e Nildo
Petrolina (Rúben Oliveira 54).
Este era um duelo entre duas
equipas que na época passada sentiram dificuldades para selar a manutenção,
separados apenas por dois pontos. Só na última jornada da época passada é que
conseguiram se manter na Primeira Divisão.
Logo aos três minutos, a formação
do Setúbal inaugura o marcador por Costinha. Uma grande finalização, mas muito
mérito para Mendy que conseguiu ultrapassar dois jogadores do Aves com muita
qualidade e criou um passe de rotura excelente, encontrando Costinha que na
cara do francês Beunardeau, contratado aos franceses do Metz, não tremeu e
marcou o primeiro golo da partida.
O Vitória de Setúbal entrou muito
bem nos primeiros oito minutos, com bons desenhos ofensivos, em que os “sadinos”
atacavam com muita insistência e ao minuto 9 quase o segundo golo.
O Desportivo das Aves tinha de
começar a dar a “corda ao sapato” e a exploração dos corredores laterais estava
nas prioridades do clube de Santo Tirso, para contrariar o golo madrugador. Do
minuto 12 até ao minuto 20, a formação dos “avenses” cria mais oportunidades de
golo e uma maior iniciativa, mas sem remates flagrantes à baliza de Cristiano.
Derley era o homem de referência
no onze de José Mota, aonde criou oportunidades para os seus companheiros de
equipa, saindo da sua posição fixa, para criar jogo com e sem bola.
Ao minuto 27, muitos protestos do
público da casa, em que Zequinha lançou de primeira Costinha, que caiu perante
a proximidade do defesa central Jorge Fellipe, em zona potencialmente perigosa
de Quentin Beunardeau e que ainda teve consulta do Vídeo-Árbitro (VAR), a favor
do Desportivo das Aves.
Jogo com ritmo elevado, de parada
e resposta, mas sem uma organização coesa, daí a exaltação dos dois
treinadores, com desequilíbrios constantes a meio-campo para ambas as equipas.
Ao minuto 32, enorme intervenção de Beunardeau. Cruzamento de Semedo e Zequinha
a aparecer no coração da área a cabecear para o guarda-redes do Aves, evitar o
2-0.
Ao minuto 45+5’, o árbitro Hélder
Malheiro foi ao VAR e indicou ordem de expulsão a Cláudio Falcão que tentou
atingir Costinha com o braço direito, sendo o primeiro jogador a ser expulso
neste campeonato.
Ao intervalo, o Vitória de
Setúbal vencia por 1-0, numa primeira parte em que a vida de José Mota estava
muito complicada.
No início da segunda parte, ao
minuto 48, por mera coincidência, Jhonder Cádiz, no último terço, Nuno Pinto
cruzou com conta, peso e medida, para Cádiz, mas foi invalidado por fora de
jogo marcado pelo VAR.
Após muitas insistências por
parte da formação do Setúbal para a baliza de Beunardeau, foi ao minuto 61 o momento
de rotura entre o guarda-redes e a linha defensiva, com a formação do Aves a
sofrer o segundo golo. Cruzamento de Zequinha e Jhonder Cádiz a esticar a perna
e a atirar a contar.
Após o segundo golo, o Vitória de
Setúbal se limitou a gerir o jogo, sempre à procura de alguma oportunidade para
aumentar a vantagem, com lances de muito perigo ao minuto 68 por Nuno Pinto, ao
minuto 75 com uma cabeceada de Costinha ao poste e ao minuto 87 Allef também a
mandar ao poste.
Até ao final do encontro, não
houve mais nenhum lance de perigo que terminou com a conquista dos três pontos
para os “vitorianos”.
“Não quero muito falar do próprio
jogo, quando se termina com nove, acabo por dizer onde é que está o espetáculo.
Não há motivos para estarmos contente com o nosso desempenho, não está em questão
a vitória do Setúbal, mas sim o espetáculo em questão”, afirmou José Mota,
treinador do Desportivo das Aves à Sporttv.
“O mais importante foi sentir o
público do nosso lado, esta equipa precisa deles, é uma equipa ambiciosa, que
quer ganhar constantemente. Foi um jogo bem conseguido, uma equipa em
crescendo, eu digo à minha equipa que é como se treina é como se deve jogar, a
nossa vitória sai mais reforçada pela presença dos nossos adeptos”, referiu
Lito Vidigal, técnico do Vitória de Setúbal.
MVP da partida – Costinha –
Excelente organizador de jogo, jogou em entrelinhas e criou desequilíbrios ao adversário
e acaba por ter uma preponderância grande, com o excelente critério na
qualidade de passe para os seus companheiros.
Árbitro:
Hélder Malheiro (AF Lisboa)
Ação disciplinar:
Cartão amarelo para Jorge Fellipe (41), Cartão Vermelho para Claúdio Falcão (45+5’),
cartão amarelo para Derley (51), cartão amarelo para Semedo (63), Segundo
Cartão Amarelo e consequente vermelho para Jorge Fellipe (66) e Cartão amarelo
para Nuno Reis (88).
Assistência:
5.000 adeptos
Diogo Bernardino
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