FC PORTO SOFRE PARA VENCER
O BELENENSES POR 2 – 3 COM ALEX TELLES EM DESTAQUE
O FC Porto sofreu para vencer
fora o Belenenses por 2-3, com golo de grande penalidade ao último minuto de
Alex Telles, hoje para a segunda ronda da I Liga Portuguesa de Futebol.
Dois anos depois de ter jogado no
Jamor, para a final da Taça de Portugal em 2016/2017, frente ao Sporting de
Braga, pelo qual não conseguiu conquistar esse troféu, foi precisamente num
estádio a que teremos de estar habituados a partir de agora, a chamar-o do
estádio da festa do futebol e do Belenenses SAD. O Belenenses Clube está na
distrital da AF Lisboa.
O FC Porto apostou na receita do
costume com Sérgio Conceição a apostar num 4x4x2 com: Casillas, Maxi, Felipe,
Diogo Leite, Alex Telles, Otávio (Oliver 73), Sérgio Oliveira, Herrera, Brahimi
(Hernani 81), André Pereira (Corona 64) e Aboubakar
O Belenenses de Silas apostava em
4x3x3 com: Muriel, Viana (Sagna 70), Sasso, Gonçalo Silva, Bergdich, Lucca,
Nuno Coelho, Ljujic (Dálcio Gomes 40), Fredy, Keita e Licá (Henrique Almeida
66)
Os primeiros vinte minutos foram
de definições entre os dois conjuntos à procura de começarem a carburar os seus
motores prontos para a descarga de jogadas deliciosas e apetitosas para os
adeptos e simpatizantes que fizeram do Estádio Nacional, um excelente palco
para a prática de um futebol com emoção até ao fim, degustado com saborosos
vinhos dos mais excelentes calibres, como diríamos na gíria da “bola”, os
jogadores.
No final deste encontro, o Porto
é líder do campeonato, devido à diferença de golos marcados para os sofridos (8
marcados e 2 sofridos) e o Belenenses está em 7º lugar.
O Belenenses não se pode queixar
de si próprio por não ter conseguido a vitória, fez tudo o que esteve ao seu
alcance para conseguir retirar frutos de um encontro que veio a demonstrar que
para os lados do “Belém”, a saúde se vive e se respire com batimento cardíaco
profundo, ou seja, com saúde.
Ao minuto 6, Fredy atirou de fora
da área, por cima da barra e ao minuto 11, Ljujic trabalhou a bola e serviu
Fredy, que descobriu Keita, que solto na área, atira a rasar a trave.
Ao minuto 23, Felipe denunciou o
passe para Casillas, que depois rematou contra Keita, com a bola a bater em
Casillas e a sair pela linha de fundo.
Ao minuto 25, bola nos ferros da
baliza de Muriel. Cruzamento de Maxi Pereira e André Pereira cabeceia à barra.
Logo no minuto seguinte (26),
primeiro golo do Porto e o primeiro na carreira deste jovem central. (0-1).
Livre lateral, em jeito de canto
mais curto, de Alex Telles para Diogo Leite inaugurar o marcador.
A partir do primeiro golo, os “dragões”
começaram a abrir mais o jogo e a expor as suas cartas, bastante fortes, como
foi Brahimi ao minuto 37. Sérgio Oliveira abre neste na esquerda, mas a bola
fica ligeiramente atrasada e o argelino teria de fazer uma finta de outro mundo
e o remate a sair torto.
Não foi o melhor jogo de Brahimi,
mas às vezes, os melhores jogadores não tendem sempre aqueles que estamos à
espera.
Ao intervalo, o Porto vencia por
0-1.
No início da segunda parte,
dádiva dos céus de Dálcio para Otávio, ao minuto 46 (0-2).
Dálcio faz um mau passe para
trás, Otávio ganha a bola, contorna o guarda-redes e atira para aumentar a
contagem.
Após o segundo golo, começou o
espetáculo da segunda jornada do campeonato, com casos insólitos que vão dar
que falar nos debates algo mastigados e intermináveis da comunicação social
televisiva portuguesa.
Ao minuto 54, Penálti assinalado
a Diogo Leite por mão na bola. Uma grande penalidade que só foi assinalada
vários minutos depois e com recurso ao VAR.
Ao minuto 56, o Belenenses a
reduzir a desvantagem por Fredy (1-2).
Ao minuto 59, o que falhava Licá,
Fredy recebia a bola na área e tocava para o lado, isolando o ex- FC Porto em
2013/2014, e a atirar para defesa apertada de Casillas.
Até ao minuto 82, o jogo era de
bola lá e bola cá, sem determinação por parte das equipas em procurar o golo,
sempre controlando a bola, à espera de alguma inspiração ou imaginação que
pudesse aparecer do nada, de repente. Fica o aviso dado.
Ao minuto 83, o Belenenses
empatava (2-2).
Fredy recebia em profundidade e
trabalhava bem junto à linha sobre Felipe, levantou para o segundo poste, onde
Keita saltou nas costas do pequeno mas raçudo Maxi e empurrava para o golo do
empate com o espanhol Iker Casillas a ainda tocar na bola mas a não evitar que ela
entrasse.
Ao minuto 90 + 2’, nasceu o golo
mais celebrado do jogo, como se de repente, vê as voltas que este texto dá, eu
avisei, depois de um remate em vólei do capitão Herrera, que foi ao ferro
direto, Carlos Xistra pediu calma porque estava do seu microfone indicações.
Esperou, esperou, esperou,
esperou, esperou, bem esperou até que nunca mais acabava a espera e os adeptos
a ficarem impacientes no estádio com a quantidade de vezes que foi visto o
lance, mas era necessário para tirar as conclusões precisas e exatas como se
fossem retiradas a papel químico ou de uma jogada de laboratório.
Ao minuto 90 + 5’, suspirou Alex
Telles, a ser encarregado nos seus ombros o peso dos três pontos para o Porto e
com calma e mestria, empurrou para o fundo da baliza de Muriel que recolocou os
“dragões” na frente. (2-3)
No fundo custou tudo, a alma, o
empenho, o sacrifício, a luta, a determinação para agarrar estes pontos e nunca
mais os largar.
É verdade que o Porto não fez um
bom jogo, mas marcou, não conseguiu concretizar lances de perigo, mas os fez e
deixou o Belenenses se reanimar na partida, mas no final do jogo, os sorrisos
eram dos “dragões”, alguns que fizeram muitos Kms para apoiar o seu clube.
Na próxima jornada, o FC Porto
vai jogar em casa após o dérbi de Lisboa, frente ao Vitória de Guimarães e o
Belenenses vai a Moreira de Cónegos.
“Esta relva torna a circulação
mais lenta, no controlo de bola tem de dar-se mais do que um toque. Mas não
quero entrar por aí. Foi mérito de um Belenenses forte, que acreditou sempre e
que tem qualidade. Não fomos completamente eficazes no primeiro momento de
pressão. A espaços, o Belenenses chegou ao nosso último terço com alguma
facilidade, mas penso que o jogo acabou por ser difícil pelo ambiente
historicamente difícil. Nos últimos cinco jogos com o Belenenses, o FC Porto
tem uma vitória. Uns dias pratica-se um futebol champanhe e noutros um tipo
vinho tinto da tasca, que também é saboroso”, referiu Sérgio Conceição,
treinador do FC Porto
“Foi mesmo no final. Foi um jogo
completamente diferente do que fizemos em Tondela em termos de processos. Lá
não conseguimos fazer o que queríamos e conseguimos vencer. Aqui conseguimos o
que queríamos, mas acabámos por perder”, afirmou Tiago Dias, adjunto do timoneiro
do Belenenses SAD.
MVP da partida – Alex Telles –
Além de ter mais uma vez o salvador para o FC Porto, consegui demonstrar dentro
do terreno, toda a sua qualidade de cruzamento, como fez para a cabeça de Diogo
Leite, pelo qual no último minuto, a escolha em si para bater as grandes
penalidades não foi em vão.
Árbitro: Carlos Xistra (AF
Castelo Branco)
Ação disciplinar: Cartão amarelo
para Diogo Leite (57), Cartão amarelo para Aboubakar (71), Cartão amarelo para
Felipe (89) e cartão amarelo para Henrique (90)
Diogo Bernardino
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