domingo, 26 de agosto de 2018


FC PORTO DEIXA ESCAPAR LIDERANÇA FRENTE AO VITÓRIA DE GUIMARÃES POR 2 – 3


O FC Porto deixou escapar em casa a liderança isolada do campeonato frente ao Vitória de Guimarães por 2-3, hoje para a terceira jornada da I Liga Portuguesa de Futebol.

A favor do Porto estava o historial de confrontos, com uma vantagem esmagadora para os “dragões” e o facto do Guimarães, nunca ter ganho no Estádio do Dragão e só há 22 anos, no “velhinho” Estádio das Antas na época 95/96, quando perdeu pelo mesmo resultado da partida desta noite. Há sempre uma primeira vez para tudo e hoje o castelo de Guimarães foi superior.

O FC Porto apostou na receita do costume com Sérgio Conceição a apostar num 4x4x2 com: Casillas, Maxi, Felipe, Diogo Leite, Alex Telles, Otávio, Sérgio Oliveira, Herrera, Brahimi (Corona 50 e Oliver 76), André Pereira e Aboubakar (Marega 62)

O Guimarães de Luís Castro apostava em 4x3x3 com: Douglas, Sacko, João Afonso, Pedro Henrique, Florent, Wakaso, Joseph (Tozé 38), Tyler Boyd (Ola John 57), André André, João Carlos Teixeira (Davidson 78) e Welthon.

Os “dragões” jogaram sempre nas extremidades daquilo que lhe era concebido, ora conseguia com rasgos de individualidade, causar mossa à Muralha do Vitória de Guimarães, mas o jogar no limite e sofrer até á última, teve as suas consequências e levou os adeptos no Dragão de boca aberta espantados com esta reviravolta.

No final deste encontro à condição, o Porto é terceiro do campeonato, com seis pontos, deixando escapar os rivais Benfica e Sporting nesta jornada, que empataram na Luz e o Guimarães conquista a primeira vitória e interrompe uma sequência de três derrotas seguidas e está em 11º lugar.

Moussa Marega era a grande novidade no banco, após 19 dias de ausência, reintegrado nos treinos nesta semana com o brasileiro Éder Militão a também se estrear nos eleitos.

Ao minuto 7, perda de bola de João Teixeira, com André Pereira a conduzir e a tocar para Sérgio Oliveira que deu para Herrera com o mexicano a encher o pé e a bola a desviar num adversário.

O Vitória estava bem organizado a formar duas linhas de quatro, bem juntas e, com isso, a retirar espaço entre linhas a Brahimi, André Pereira, Aboubakar e Otávio com o FC Porto a ter algumas dificuldades em superar essa organização.

Os remates de fora como a de Herrera e alguns lances de bola parada por Alex Telles ao minuto 16 e Felipe com um bom cabeceamento para uma boa defesa de Douglas, após um pontapé de canto (21).

Foi a partir do lado direito que o FC Porto começou a causar desequilíbrios no sistema de Luís Castro, quando ao minuto 32, um bom envolvimento de Maxi Pereira com o uruguaio a ganhar a linha do fundo, mas a definir mal.

Ao minuto 36, João Afonso, na Hora H, com Herrera a descobrir Maxi e o uruguaio na cara de Douglas a tocar ao lado e quando Aboubakar se preparava para encostar, João Afonso fez um corte sensacional e impediu o golo.

Ao minuto 38, chegou o primeiro golo para o Porto e que golo de Brahimi. (1-0)

O argelino pegou na bola, toca para André Pereira que amortece para o remate fortíssimo, sem hipóteses de defesa para Douglas.

Ao minuto 43, o segundo golo do Porto por André Pereira (2-0)

Livre lateral para Alex Telles com o cruzamento do brasileiro a ser feito com régua e esquadro para André Pereira com o jovem formado a se elevar e a desviar de cabeça para o fundo da baliza.

Um lance que segundo os meios de comunicação, o avançado parecia estar adiantado, com o vídeo árbitro (VAR) a não funcionar de acordo com a Altice num comunicado "entre o minuto 15 a 45".

André André para os “vitorianos” e Sérgio Oliveira para os “portistas” com tiros bastante perigosos às balizas de Casillas e Douglas, foram as notas de apontamento até ao final da primeira parte.

Ao intervalo, o Porto vencia por 2-0.

O início da segunda parte, o FC Porto começou a controlar as hostes do encontro e Marega a fazer as delícias para uns e assobios para outros, no sempre difícil “Tribunal” do Dragão.

Mas eis, que se deu uma das reviravoltas mais inesperadas deste campeonato.

Ao minuto 62, o Guimarães conquista uma grande penalidade. Ola John descobre um espaço no flanco direito e Sérgio Oliveira a entrar de forma escusada, para na marca dos onze metros, André André a reduzir para (2-1).

O Vitória começou a melhorar de rendimento, dando a querer alguma apatia dentro dos jogadores do Porto que jogaram sempre ao risco, ao extremo, quase que não tendo confiança nos seus ataques.

Ao minuto 76, golo do empate (2-2). O ex-jogador do FC Porto, Tozé, a receber na área, sobre a direita, um cruzamento de Florent, com o remate muito forte e colocado para a baliza de Casillas.

Pelo segundo jogo seguido, o Porto desperdiçava uma vantagem de dois golos.

Ao minuto 87, o “balde de água fria” no Dragão aconteceu (2-3).

Lançamento lateral, em que Welthon, de costas para a baliza deu para um pontapé fortíssimo de Davidson, dentro da área, que não perdoou e deu os primeiros pontos aos “vitorianos”.

Até final, Oliver, Marega, Herrera e Otávio com a bola ao poste a tentarem o mal menor, mas a reação dos “dragões” foi tarde demais, que em termos de campeonato nacional, foi há 72 anos, que um resultado do género ocorreu, foi em 41/42 com o Belenenses.

Na próxima jornada, o FC Porto vai jogar em casa com o Moreirense e o Guimarães no seu reduto com o Tondela.

“Falharam algumas coisas importantíssimas na equipa. Falharam coisas que fizeram com que o FC Porto fosse campeão nacional. Faltou agressividade e intensidade. Mesmo na primeira parte, quando estávamos a ganhar 2-0 não estava contente. Ao intervalo passei essa mensagem aos jogadores. Na primeira parte a nossa circulação de bola foi lenta. É verdade que o Vitória poucas situações de golo criaram junto à nossa baliza. Podíamos e devíamos ter feito mais. Sinceramente, pelo que fizemos, a derrota é justa”, referiu Sérgio Conceição, treinador do FC Porto

“Os jogos têm dedo decisivo do treinador quando se ganha e quando se perder. É neste mundo que vamos continuar a andar. Se tivesse feito essas substituições e o resultado se tivesse avolumado para quatro ou cinco golos, seria eu o responsável. Como ganhámos atribuem-me a responsabilidade. Recuso. Quando o Davidson está para entrar fazemos o 2-2 pensei "fecho ou deixo ir?”. Disse ao Davidson "ias entrar para procurarmos o 2-2, agora vamos arriscar algo mais”. São intuições e não voltamos atrás. O futebol não é só racionalidade é também intuição. Hoje deu certo, mas podia não ter dado. Se o FC Porto tivesse ganho, perguntavam-me por que é que não tinha fechado a equipa. Deu certo hoje como já deu errado outras vezes”, afirmou Luís Castro, timoneiro do Guimarães.

MVP da partida – Douglas – Foi a grande muralha defensiva, com boas defesas a remates de Herrera, André Pereira, Aboubakar, enfim foi o esteio que segurou o barco do Guimarães, que levou à surpresa a acontecer no Dragão a travar todas as iniciativas do Porto sair com um empate que os levava a estar no comando do campeonato, à condição.



Árbitro: Fábio Veríssimo (AF Leiria)

Ação disciplinar: Cartão amarelo para Wakaso (9), Cartão amarelo para Diogo Leite (24), Cartão amarelo para Felipe (78), Cartão amarelo para Florent (83) e Cartão amarelo para Alex Telles (87)

Assistência: 47 008 espetadores




Diogo Bernardino

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