DOMINGOS BARROS REALIZA BOM TRABALHO
Foi notícia nos meios de comunicação
social esta semana de que o Lusitânia de Lourosa, primeiro adversário do Leça
na Série B do Campeonato de Portugal iria despedir o seu treinador com apenas
quatro jogos decorridos e que veio a confirmar esta segunda-feira.
"O Lusitânia de Lourosa FC vem
informar que chegou a acordo com o treinador principal, Luís Miguel Martins, e
seu respetivo adjunto, Prof. José Oliveira, para a cessação das respetivas
funções", refere a direção do clube de Santa Maria da Feira no seu
Facebook.
Para percebermos como isto ocorreu,
temos de olhar para as estatísticas. Nestas primeiras jornadas, a formação do
Lourosa tinha uma vitória por 3-0 frente ao Leça, dois empates com o Cesarense
(0-0), com o Cinfães (1-1) e uma derrota com o Penalva do Castelo (1-2) e tem
amealhado cinco pontos e está no 10.º lugar.
Existe em Portugal e no futebol uma
estranha mania na frase “Chicotada Psicológica”. Um termo muito adaptado ao
Futebolês e que está sempre presente em todas as temporadas nos jornais e nos
meios de comunicação espalhados de Norte a Sul.
Esta chicotada serve com o propósito
de abanar os jogadores para sair de uma má sucessão de resultados, e que as
culpas nunca sejam arcadas por más decisões de outros intervientes, de forma a
cumprir aquilo com que se comprometeram as Direções antes do início de cada
temporada.
Como sempre, o treinador é
descartável, porque digamos que mudar um plantel inteiro como o Lourosa poderia
fazer, seria irrealista, visto que investiu muito dinheiro para apetrechar com
soluções com bastantes recursos.
Mas, o leitor questiona e muito bem,
mas o que tem a ver isto com o Leça. Olhando para a situação atual do clube
“leceiro” e comparando com o do Lourosa, verificamos apenas uma pequena mas
importante diferença. O Leça tem menos um ponto, está em 12.º e em vez de dois
empates, tem duas derrotas.
Infelizmente, há treinadores que
tentam sacudir a água do capote e criar bodes expiatórios para arcarem com as
culpas dos insucessos. Por muito bons que sejam os seus conhecimentos de ritmo,
estilo e ideologia de jogo ou currículo, um par de maus resultados coloca
sempre o treinador na corda bamba entre a manutenção por mais um domingo ou a
despedida nesse mesmo domingo.
A imprevisibilidade do desporto também
traz essas “chicotadas”, mas de nada serve se não der tempo para trabalhar as ideias
e coloca-las em prática, de modo a conseguir esses resultados que promovem um
estado de espirito de paz dentro e fora das quatro linhas.
Existem algumas más interpretações da palavra “Chicotada Psicológica”. Não existem provas suficientes para refletir se a mudança no barco com outro timoneiro é 100% positiva.
Por vezes, e na maior parte dos casos,
a manutenção até ao fim de uma temporada do mesmo treinador dá mais frutos do
que uma mudança que teria de ser planeada a longo prazo e não num curto espaço
de dias, quem sabe horas.
Fonte da Foto: Facebook oficial do
Leça
Diogo
Bernardino
Sem comentários:
Enviar um comentário