terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

FC PORTO-BENFICA: AO LONGO DE 107 ANOS, 36 JOGADORES DE FUTEBOL VESTIRAM AS DUAS CORES DO CLÁSSICO


Durante 107 anos que FC Porto e Benfica se defrontam para debaterem a questão eterna que existe no nosso país a todos os níveis, Norte vs Sul, Porto vs Lisboa e isso hoje não escapa ao desporto e é o primeiro artigo numa operação de acompanhamento.

Como em todas as histórias de amor/ódio entre estes dois clubes, há sempre futebolistas que se mudam para o outro lado e se tornam os famosos 'traidores' para os clubes que os receberam primeiro na sua carreira desportiva.

A rivalidade entre os dois maiores clubes de Portugal é electrizante, centenária e apaixonante e houveram 36 jogadores que vestiram a camisola do FC Porto e do Benfica ao longo de mais de um século.

O caso mais recente é o do defesa uruguaio Maxi Pereira, tendo representado o Benfica da época 2007/08 a 2014/15, onde em 333 jogos marcou 21 golos e em 2015 causou a maior 'bomba' em transferências entre rivais quando assinou pelo FC Porto em 2015/16 e até ao momento em 125 partidas marcou cinco vezes.

Maxi Pereira e Yuran são os únicos jogadores que marcaram golos pelas duas equipas em confrontos diretos.

O avançado russo Yuran em 91/92 na 1.ª mão da Supertaça marcou um golo de livre aos 16 minutos num encontro que terminou por 2-1, mas na segunda mão com a vitória dos dragões e em 94/95, marcou em casa da sua antiga equipa, quando bem na desmarcação fuzila o belga Preud'Homme em jogo da sexta jornada do Campeonato Nacional. 



O defesa uruguaio Maxi em 2011/12 na meia-final da Taça da Liga fez o primeiro de um jogo que terminou em 3-2, ao desmarcar-se da defesa 'portista' e em 2015/16, marcou o golo do empate aos 49 minutos à quarta tentativa, após Ederson ter defendido, a primeira tentativa de Brahimi e Samaris e Lindelof terem adiado o inevitável.



O primeiro foi o defesa Artur Augusto que esteve desde a época 1915/16 a 1920/21 e regressando em 1923/24 a 1925/26 no Benfica onde em 56 jogos, marcou 18 golos, representando pelo meio, o FC Porto onde só jogou quarto encontros.

O primeiro estrangeiro foi o defesa central brasileiro Paulo Pereira que chegou aos 'dragões' vindo dos mexicanos do Monterrey em 1987/88, onde em cinco temporadas, com passagem em 92/93 pelo Guimarães, onde em 124 partidas marcou 19 tentos e em 94/95 e 95/96 fez 29 jogos e marcou dois golos.  

Um dos casos icónicos desta mudança de ares para o 'eterno' rival foram os russos Yuran e Kulkov. Artur Jorge que também pertenceu ao FC Porto, quando pegou na equipa do Benfica em 1994, relatou que "não queria maçãs podres misturadas com as outras", fazendo com que o inglês Bobby Robson e o 'luso' José Mourinho, na viagem ao funeral do ex-sportinguista Cherbakov falaram sobre os benefícios de os terem nos 'portistas'.

Do Benfica para o Porto mudaram-se Tavares Bastos em 1921/22, Abel Migleitti em 1970/71, Rui Águas, em 1988/89, apesar deste ter regressado aos 'encarnados' duas épocas depois, Dito juntamente com Rui Águas, Pedro Henriques em 1997/98, onde o atual comentador da SportTV, nem vestiu a camisola, Panduru em 98/99, Maniche e Jankauskas em 02/03, Sokota em 05/06 e Cristian Rodríguez em 08/09.

Os jogadores que trocaram o azul pelo vermelho, em transferências que, sempre entre grandes, criaram muita polémica foram José Maria em 1957/58, Serafim Pereira em 1963/64, Carlos Alhinho em 1976/77, Paulo Pereira em 1994/95, Drulovic e João Manuel Pinto em 2001/02, o malogrado Féher em 02/03 e Marco Ferreira em 05/06

Aqueles que não trocaram uma equipa pela outra, mas que vestiram as duas camisolas, a nível sénior estão presentes nomes como Romeu Silva, Eurico Gomes, Eduardo Luís, Paulo Futre, Fernando Mendes, Ovchinnikov, Paulo Santos, Zahovic, Argel, Peixe, Tiago Pereira, Derlei e César Peixoto.

O FC Porto, líder com 57 pontos defronta o Benfica, segundo com 56, este sábado, no Estádio do Dragão, para a 24.ª jornada do Campeonato nacional da I Divisão de Futebol, às 20:30, no jogo 170 no campeonato e 85 no Porto.  



Fonte da Foto: Henrique Monteiro.


Diogo Bernardino

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