quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

FC PORTO - BENFICA: DUELOS IMPREVISÍVEIS ENTRE A EXPERIÊNCIA E A JUVENTUDE


Este sábado, vai decorrer o clássico 170 para o campeonato entre o FC Porto e o Benfica, que pode decidir as contas do campeonato e a Nova Memória numa operação de acompanhamento, fará hoje uma análise de duelos entre os jogadores mais utilizados nas suas posições.

Por isso tudo, os dados de análise que estão à sua volta, merecem ser analisados, e um deles prende-se com o facto do Benfica apresentar habitualmente jogadores mais jovens, que se vão estrear pela primeira vez no Dragão e em início de carreira, como Ferro ou João Félix e o FC Porto com uma mistura de ambos, mas com mais experiência.

A fonte a ser utilizada neste artigo é o site da Liga Portugal.

Vlachodimos é um guarda redes ofensivo, que consegue defender bem remates com trajectórias baixas para as pontas da baliza. Casillas também ofensivo com lançamentos longos e capacidade de liderança aquando dos erros dos seus colegas.

Na baliza, se não houver nenhuma mudança repentina. serão Casillas e Vlachodimos os escolhidos. O guarda-redes alemão tem a seu favor ter mais bolas agarradas (35 contra 19), mais defesas (66 contra 45), mais defesas em situações difíceis (23 contra 20), não ter nenhum cartão amarelo e ter-se adaptado rapidamente a uma nova realidade.

O espanhol Casillas com muita experiência em jogos apertados como estes e onde maior parte das vezes brilha e é considerado o homem do jogo, tem menos defesas incompletas em situações seguras ou apertadas (19 contra 21), menos golos sofridos (12 contra 20), nenhum fora da área (zero contra cinco), nem cartão vermelho ou faltas cometidas.

No lado direito da defesa, temos André Almeida e Manafá. Aqui pode haver uma troca com Militão, mas considerarmos o que Conceição está a escolher recentemente. 

Manafá além de ser um lateral ofensivo, é um jogador que consegue fazer cruzamentos de longa distância, tem o passe ponderado e o cruzamento pontual. André Almeida, mais defensivo, tem no lançamento longo, na marcação ao homem e na capitania as suas qualidades.

Manafá não é um jogador que faça remates à baliza, como André Almeida criou por 11 vezes neste campeonato. Em termos de cruzamentos, Manafá fez dez, com dois deles a terem sucesso. Já Almeida dos 63, sete foram assistência para golo, mas o mais estranho é que tem o mesmo número (dois) de cruzamentos pela direita com sucesso. Manafá faz menos faltas do que Almeida, apenas um contra os 35. 

A centrais temos primeiro Ferro contra Felipe. O central do Porto perde no capítulo dos golos, onde em 14 remates, não marcou e o jovem do Benfica tem dois golos, contra apenas um de Felipe. Ambos são bons nos lances de bola parada. Nos outros parâmetros, com mais jogos, é claro que o central brasileiro terá mais experiência.

Ferro faz passes ponderados, já Felipe é excelente nas interceptações e demonstra espírito de lutador.

Depois temos Pepe contra Rúben Dias. A diferença está no número de jogos, mas no capítulo dos tentos, em cinco remates, marcou um o brasileiro naturalizado português, quando Rúben em 17 remates tem dois. Em termos de assistências, Rúben Dias quando necessário efetua essa tarefa, com quarto cruzamentos e uma assistência.

Pepe é bom na marcação ao homem, na Interceptação, em termos de capitania e com espírito de lutador, já Rúben Dias como capitão na marcação ao homem é lutador.

No lateral esquerdo temos o jogador com mais assistências da prova Alex Telles contra Grimaldo. O espanhol tem mais bolas ganhas do que o brasileiro (138 contra 88), mais remates interceptados (11 contra seis), menos faltas cometidas (17 contra 27), menos cartões amarelos (dois contra quarto), mais remates (30 contra 16) e golos (quarto contra um).

Alex Telles é superior em termos de assistências (cinco contra quarto), cruzamentos pela esquerda e pela direita (114 contra 69) e quando eles são bem sucedidos e perde menos bolas do que o ex-Barcelona (61 contra 111).

Telles de longa distância, não tem problemas em mergulhar remates, tentado-os à primeira e claro o cruzamento pontual, já Grimaldo é bom de longa distância e no cruzamento e na capacidade de velocidade.

No meio campo começamos com a batalha entre Herrera e Samaris. Não há comparação possível logo à partida, devido ao facto de no início o grego ter sido uma carta fora do baralho para Rui Vitória. Mais bolas ganhas (110 contra 37), mais remates intercedidos (cinco contra dois), mas em termos de assistências para golo, ganha o ex-Olympiacos com um realizado, contra nenhum do mexicano.

Samaris apresenta-se com espírito de lutador e um puro box-to-box, já Herrera é um jogador que penetra por entre a linha defensiva e além de ser o capitão demonstra qualidades no passe curto, no drible e no controlo da bola.

A seguir o duelo entre os canivetes suiços dos dois emblemas, com Óliver contra Gabriel.  Óliver é o clássico número 10, que faz acontecer os impossíveis durante um encontro, é um expert nos cruzamentos longos e um driblista com controlo de bola e de corpo perfeito. Gabriel é também um box-to-box e bom no passe longo e no controlo do drible.

Óliver faz mais remates (17 contra 13), mais cruzamentos (16 contra um), menos faltas cometidas (25 contra 29). Gabriel ganha no capítulo mais defensivo, com mais bolas ganhas (83 contra 81), menos perdidas (66 contra 50), mais remates intercetados (cinco contra três).

Corona contra Pizzi. O mexicano é mais criativo, enquanto Pizzi apresenta-se como o organizador de jogo dos 'encarnados' e facilidade no passe de primeira.

Pizzi faz mais remates (35 contra 22), mais golos (oito contra um), marca mais vezes com o direito (sete em oito), mais assistências (12 contra cinco) e mais remates intercetados (seis contra quarto). Corona faz mais cruzamentos (69 contra 49), é um jogador polivalente, menos foras de jogo (três contra seis), mais bolas ganhas (84 contra 83) e menos bolas perdidas (71 contra 125).

O confronto entre os avançados mais mágicos dos dois conjuntos, Brahimi contra Rafa. Brahimi é um jogador prolífico, com excelente drible, controlo de bola e capacidade de tirar uns cordelinhos do nada. Rafa é mais criativo, com uma capacidade de velocidade e poder explosivo.

Brahimi tem mais remates (35 contra 33), mais fora da grande área (13 contra 8), dentro Rafa faz mais (24 contra 22), mais um golo para o português (oito contra sete), mais cruzamentos do benfiquista (29 contra 27), menos cartões amarelos para o argelino (um contra quarto), mais bolas ganhas (63 contra 60).

Rafa tem mais remates intercetados (seis contra cinco) e menos bolas perdidas (119 contra 84).

No ataque, o jovem que muitos apelidam do 'menino' do Benfica, João Félix contra o poderio físico de Marega. O jogador dos 'encarnados', tem um excelente drible, controlo de bola e de corpo. Marega tem o poderio físico e a sua velocidade e espírito de luta como grandes vantagens.

Marega tem mais remates (50 contra 31), ambos tem o mesmo número de golos de pé direito (três) e esquerdo (dois), mais assistências (cinco contra quarto), mais cruzamentos (29 contra 19), 28 deles da direita, já Félix é mais parcial com sete da esquerda e 12 da direita, mais bolas ganhas (29 contra 23) e remates intercetados (12 contra quarto).

Félix tem menos faltas cometidas (26 contra 17), perde menos bolas (74 contra 46).

Por fim, temos os pontas de lança Soares e Seferovic. Soares é como uma raposa na pequena área, á espera de qualquer abertura para atacar, com excelente capacidade de cabeceamento, no remate de primeira, de forma acrobática se for possível. o Suíço Seferovic remata facilmente de longe e é bom no passe de primeira.

Soares tem mais remates (56 contra 49), mais dentro da grande área (45 contra 42), fora dessa área (10 contra sete), mais tentos de cabeça (quarto contra um), mais bolas ganhas (37 contra 18) e mais remates intercetados (14 contra 11) e menos bolas perdidas (55 contra 69).

Nos capítulos dos golos, o suíço ex-Eintracht Frankfurt tem 15 golos contra 10, 11 deles de pé esquerdo, 28 cruzamentos contra quarto do brasileiro e menos faltas cometidas (30 contra 20).

O FC Porto, líder com 57 pontos defronta o Benfica, segundo com 56, este sábado, no Estádio do Dragão, para a 24.ª jornada do Campeonato nacional da I Divisão de Futebol, às 20:30, no jogo 170 no campeonato e 85 no Porto.  



Fonte da Foto: Henrique Monteiro.


Diogo Bernardino 

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