AF PORTO TEME QUE FALTA DE POLICIAMENTO LEVE À POSSIBILIDADE DE PARALISAÇÃO DOS DISTRITAIS
Após o conhecimento de que os árbitros ponderam faltar aos jogos por falta de policiamento, soube hoje uma fonte segura da Nova Memória que a Associação de Futebol do Porto teme que essas faltas levem à possibilidade de paralisação dos distritais.
Na sequência de um comunicado anunciado pelo comando metropolitano da PSP do Porto, informaram os clubes de que, a partir de março, deixará de existir policiamento nos jogos de risco normal ou reduzido nos escalões de formação dos campeonatos distritais, "salvo situações excecionais".
Uma fonte da PSP disse à TSF que não está a ser cumprido o decreto-lei 216/2012, que estabelece a "não-aceitação de pedidos de policiamento remunerados para eventos desportivos cuja requisição não seja obrigatória ou cuja regra seja a dispensa de policiamento".
O Jornal de Notícias diz que "pelos serviços de cinco polícias num jogo de seniores de futebol distrital, um clube paga 122 euros, sendo que os restantes 50 por cento são pagos pelo Ministério da Administração Interna. Num jogo de juniores, custa aos clubes 33 euros, o que corresponde a 20 por cento. O valor diminui para 12 euros (10 por cento) nos jogos de juvenis e para oito euros nos jogos de iniciados".
"Na ausência de agentes policiais, o clube visitado terá de definir dois delegados de apoio à organização dos jogos, função que é muitas vezes exercida por dirigentes desse mesmo clube. Os emblemas terão ainda assim de comunicar à Polícia a data, a hora e o local de jogo para que as autoridades estejam em alerta na eventualidade de ser necessária uma intervenção", revelou o Jornal de Notícias na edição de 29 de janeiro.
A associação vai elaborar "uma exposição de razões às entidades competentes" como a Federação Portuguesa de Futebol, o Governo pelo Ministério da Administração Interna, da Educação, o Secretário de Estado do Desporto e Juventude e pelo Instituto, entre outros.
A AF Porto convoca todos os clubes para a realização de uma Assembleia Geral extraordinária para estes "indicarem os caminhos a seguir para se debelar este problema". Vai ser constituído um grupo de trabalho composto por quarto membros que ficou com o encargo de determinar semanalmente "quais os jogos de alto risco e para os quais se justificam maiores medidas de segurança, com semanas de antecedência, para comunicar essa decisão às entidades de segurança e aos clubes.
Semanalmente, mais de 1.200 jogos semanais são realizados pela AF Porto que envolvem mais de 35 mil jogadores em todos os escalões e todos os agentes desportivos como os árbitros, dirigentes e adeptos.
Fonte da Foto: AF Porto.
Diogo Bernardino
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