domingo, 3 de março de 2019

QUE TODOS OS CLÁSSICOS DO FUTEBOL PORTUGUÊS FOSSEM ASSIM


O SL Benfica venceu hoje em casa do FC Porto por 2-1, em jogo da 24.ª jornada da I Liga Portuguesa de Futebol, num jogo eletrizante, digno de um Óscar, em que os 'encarnados' saem com a liderança.

Adrián López marcou primeiro aos 18 minutos, João Félix respondeu aos 26 e Rafa fez o segundo aos 52.

O FC Porto de Sérgio Conceição com a inclusão de Manafá e de Adrián López no onze com: Casillas, Manafá, Felipe, Pepe, Alex Telles, Corona (Soares, 61), Óliver (Danilo, 81), Herrera, Brahimi, Adrián (Otávio, 62) e Marega.

O SL Benfica de Bruno Lage com a equipa que já é habitual com: Vlachodimos; André Almeida, Rúben Dias, Ferro e Grimaldo; Samaris; Pizzi (Gedson, 71), Gabriel, Rafa (Corchia, 88); Seferovic e João Félix (Cervi, 90).

Num dos jogos mais emotivos do campeonato, não faltou o sabor a um filme nomeado para um dos candidatos o vencedor da banda sonora, arte, direção, protagonistas e quem sabe o melhor. A Nova Memória que acompanha as equipas de Matosinhos e do distrito do Porto, quer ser imparcial, nas suas análises e deixa um enorme parabéns a todos os envolvidos. Quando dizemos, todos, são todos sem exceção.

O Benfica que quando começou este ano estava a sete pontos do FC Porto, agora está na frente por dois. Uma volta depois, os 'dragões' perderam e agora temos uma luta acesa até ao fim, em que cada jogo será a final de uma competição europeia, onde se espera um troféu por receber, como nos Óscares ou Globos de Ouro.

Só foram precisos 30 segundos para perceber que o jogo ia ser num ritmo bem diferente de muitos jogos no Campeonato. Pontapé do meio da rua de Alex Telles e Vlachodimos defende para o lado, mas não aparece ninguém para a recarga.

O jogo entrava com níveis de intensidade máxima, com os 'dragões' a apostarem as suas fichas em Marega, quer explorando a profundidade perante os centrais, ou através da sua complexão física para ganhar segundas bolas e jogar pelas alas e Brahimi que volta à titularidade, queria também ser protagonista em que quando tinha a bola assumia com prazer e magia no relvado, os seus dotes, por vezes, exagerado, mas sempre de salutar.

Após Rúben Dias ter rasteirado Brahimi à entrada da área aos 17, Adrián López aos 19, cobra o livre, a bola bate na barreira e na insistência atira de pé direito para o fundo das redes, num golo de redenção, à procura da total aprovação dos adeptos do FC Porto, depois de ter sido dispensado, emprestado, demonstra todos os atributos que possuía quando era atleta do Atlético de Madrid.

Os 'encarnados' não se fizeram rogar pela vantagem e apresentarem uma enorme variedade de soluções ofensivas, primeiro aos 23 Pizzi entra na área e remata rasteiro para defesa importante de Casillas, e aos 26, o Benfica chegava ao golo do empate. 

Casillas faz uma mancha e tenta sair a jogar, recuperação rápida de Gabriel e cruzamento de Seferovic após uma sucessão de erros dos 'portistas' para João Félix, que aproveita o corte falhado de Pepe, dominar na área e finalizar de pé direito.

Os ingredientes estavam cozinhados para um refogado cheio de sabores e diversidades. Aos 45, Pizzi desequilibra o meio-campo do FC Porto com um toque de calcanhar, passe em profundidade para Seferovic, que entra na área e remata forte, com Casillas a defender a punhos.

O tom do equilíbrio dominava a primeira parte. Na segunda parte, ambas as formações entraram atrevidas e não deixaram mal todos aqueles que pagaram bastante dinheiro para os ver atuar. Ninguém era superior, e apesar das soluções ofensivas dos dois clubes serem diferentes, percebia-se que o Benfica tinha em Pizzi, em Seferovic, Rafa e Félix os seus elementos mais perigosos e no FC Porto, Marega, Óliver e Herrera.

Aos 52, o Benfica chegava pela primeira vez à vantagem. Pontapé rasteiro à entrada da área de Rafa, após assistência de Pizzi, com a defesa do FC Porto a ficar muito expectante. 

A defesa do Benfica estava sólida a defender pelo ar. Com as entradas de Otávio e Soares, pretenda-se que Otávio ficasse na direita e Soares fizesse dupla com Marega no meio para traduzir a sua veia goleadora e capacidade de ganhar bolas em cruzamentos longos uma mais-valia para os 'dragões'.

Os 'dragões' insistiam e aos 78, o caso mais quente do jogo. com Casillas a repor a bola para Otávio, que saiu para o ataque, mas era travado por Gabriel com o jogador do Benfica a pedir explicações a Otávio, que cai no relvado. Pepe tenta separar o médio do Benfica, que vê um cartão amarelo pela falta e outro pela reação ao jogador do FC Porto e consequente vermelho e a Otávio, este também amarelado.

Marega e Soares eram sempre solicitados, faltando apenas definir melhor os lances, quando aos 84, canto de Telles e Felipe cabeceia na área, com a bola a 'beijar' a trave. Otávio, Felipe e Marega estiveram perto de fazer o golo do empate, mas o resultado final permite ao Benfica subir na classificação.

Que todos os jogos de futebol fossem assim. Com muita emoção, paixão, incerteza, independentemente de quem se apoia. Parabéns mais uma vez a todos os envolvidos.

Com este resultado, o Benfica passa para primeiro lugar, com 59 pontos e o FC Porto é segundo com 57, quando faltam 10 jogos para o final.

Na próxima jornada, o FC Porto vai ao terreno do Feirense, em 10 de março, às 20:00 e o Benfica recebe o Belenenses no dia a seguir, às 20:15

MVP's da partida - Adrián/Rafa.



Árbitro: Jorge Sousa (AF Porto).


Ação disciplinar: Cartão amarelo para: Rúben Dias (17), Ferro (54), Samaris (59), Otávio (77), Gabriel (77 e 77), Felipe (81) e Vlachodimos (90).



Fonte da Foto: Liga Portugal.


Diogo Bernardino

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