quinta-feira, 7 de março de 2019

NO 'COLISEU' DO DRAGÃO FC PORTO PASSA AOS QUARTOS DE FINAL DA 'CHAMPIONS'


O FC Porto venceu hoje a Roma por 3-1, em jogo da segunda mão dos oitavos da Liga dos Campeões de Futebol e faz parte das oito melhores equipas europeias em noite de suor, sacrifício, sangue e lágrimas deixados pelos 'gladiadores'.

O FC Porto de Sérgio Conceição com quarto alterações no 'onze' em relação ao jogo com o Benfica: Casillas, Militão (Maxi, 104), Pepe, Felipe, Alex Telles, Danilo, Herrera, Otávio (Hernâni, 94), Corona (Brahimi, 69), Marega e Soares (Fernando Andrade, 78).

A Roma de Eusebio Di Francesco com seis em relação ao jogo da primeira mão: Olsen, Juan Jesus, Marcano (Cristante, 76), Manolas, N'Zonzi, De Rossi (Pellegrini, 45; Schick, 96), Karsdorp (Florenzi, 55), Kolarov, Zaniolo, Perotti e Dzeko.

Os 'dragões' foram submetidos a 120 minutos de muito esforço, de uma batalha épica, num encontro rico em termos tácticos e técnicos, provando que a qualidade europeia do FC Porto está para se manter.

Com este resultado, os 'dragões' pela sexta vez na sua história vão até aos quartos de final da competição, quebrando um jejum de quarto anos, ou seja, desde a época 2014/15.

A grande surpresa da ausência de Brahimi, e no regresso de Militão ao 'onze', vamos a ele num momento, os 'dragões' com outras soluções ou esquemas tácticos apresentava-se a um nível muito alto. O 4-3-3 por vezes modificava-se para 4-4-2 conforme as combinações de Corona e Otávio para procurar passes de rutura.

Havia pressa para chegar à área romana e fazer um cerco à baliza do sueco Robin Olsen. A Roma aposta num esquema ultra-defensivo, com três centrais, algo que já não utilizava desde dezembro e com dois médios defensivos. A estratégia dos italianos era simples, esperar pelo erro portista e contra-atacar com o avançado argentino Perotti em destaque.

Corona aos três e 21 minutos, Telles aos 10 e Danilo aos 13 davam provas de que o FC Porto estava por cima do seu adversário e não tinha medo de tentar remates de longa distância. Com isto, a agressividade ofensiva que Conceição tanto pedia aos seus jogadores, estava a dar frutos.

Reagindo rapidamente à perda de bola e pressionando na primeira fase de construção. O golo ia surgir fruto da pressão dos 'azuis e brancos' e aos 26 minutos Corona conduz a bola até à área, toca para Marega, que cruza para Soares emendar à boca da baliza. 

Por falar em Militão. Apesar deste ter estado mais ativo, haviam erros que ia cometendo e num deles dava o golo do empate contra a corrente do jogo. Perotti dribla e Militão toca no pé de apoio do jogador romano e no castigo máximo aos 37, o médio italiano De Rossi com calma batia Iker Casillas.

A segunda parte foi de sentido único, com muito Porto e pouca Roma. Entrada dinâmica e agressiva, que se concretizava no segundo golo do jogo. Após aos 49 Soares e aos 51 Marega terem tentando a sua sorte, foi aos 52 que Corona recupera na esquerda e cruza (10.ª cruzamento certeiro- o melhor do plantel) para Marega surgir sem marcação ao segundo poste e desviar para o fundo das redes.

Marega é o primeiro jogador do FC Porto a marcar em seis jogos consecutivos na prova, ultrapassando Mário Jardel que tinha cinco.

O recital era 'azul e branco' e a sinfonia não parava de tocar no turbilhão de emoções do Dragão, com Conceição a refrescar Corona por Brahimi, este que esteve a grande nível, fazer a maior oportunidade aos 77 minutos de jogo, para uma intervenção extraordinária de Olsen.

As alterações na Roma não deram em nada de positivo e os três centrais, juntamente com Olsen, tentavam amparar um gladiador ferido mas que combatia e que ainda teve de travar um remate de Otávio aos 83.

Houve direito a mais meia hora de Liga dos Campeões. Marega aos 94 minutos fica perto do golo, após cruzamento de Alex Telles. Dzeko por duas vezes aos 110 e aos 112 quase davam por fim à eliminatória, num desses lances, Pepe salvava os 'dragões'.

Aos 114 minutos, com recurso ao VAR, o FC Porto a beneficiar de uma grande penalidade a punir uma falra clara de Florenzi sobre Fernando Andrade, com Alex Telles a partir para a bola e a desenhar uma noite de glória europeia e a fazer cash-in a 10.5 milhões de euros para os cofres do clube.


Árbitro: Cuneyt Cakir (Turquia)


Ação disciplinar: Cartão amarelo para: Zaniolo (15), Herrera (18), Danilo (45+2), Pepe (58), Dzeko (58) e Pellegrini (81).



Fonte da Foto: FC Porto.


Diogo Bernardino

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